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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O céu metálico...


Céu metálico- Maia
  O céu metálico sobrevoa, observando, esta floresta de cabelos humanos,
invadidos por rajadas de medos, emparedando-os na angústia do abandono
e desencanto.
Somos berlindes ansiosos, em declives verticais,
em voos  picados e  pesados de encontro ao abismo.
A solidão gela a amargura das horas com sede de vingança...
...E crepita a ânsia de liberdade pela Dignidade e Igualdade Humanas...
...uma estranha prisão com grades frias, intransponíveis,
feita de injustiças, ódios e metal...
A dignidade sufoca esta espuma de solidão, numa angústia asfixiante,
infligida por carrascos impunes que anulam sonhos e gritos de esperança...
A impunidade esmaga a esperança de justiça numa cortina opaca,
provocando arrepios de indignação...
E neste lar terreno, o espetro da loucura humana ganha contornos
de abismo tenebroso, mutilando mocidades ainda por nascer. ..
...E a dor da indignação bate surda no olhar de peitos magoados,
numa amargura incontida, que acordará nas brasas das consciências abandonadas,
feitas vulcões,  cujas crateras vomitarão
lavas incandescentes de libertação.
E das cinzas,
nascerá de novo o Amor...

Manuela Barroso