O meu abraço de Boas Vindas!
e deixo florir em mim pensamentos
nos sorrisos hibernados dos rebentos.
Flutuo com as nuvens
ao ritmo das marés da leve aragem
que abraça o meu cabelo
na corrida da passagem.
Escrevo-me com as cores etéreas deste pôr de sol morno
e deixo de me pertencer.
Sou agora a ânfora onde guardo a gravura amanhecida
acabada de nascer.
As tessituras do Universo definem as penumbras
deste cortejo indefinido
só audível na memória do
silêncio que eu sou.
Deixo-me viajar nas cordas
desta sirénica melodia
na indecisão de permanecer no oásis do meu sonho
nesta terna sinfonia.
Olho a Ogiva Azul
sem medos
e num assomo de cruel saudade
decido vestir de esmeraldas
os meus dedos.
Tela: R.Garassuta