SEGUIDORES

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CHAMAS...


Chamas o meu nome e vou descendo calmamente
A vazia escada do nosso jardim florido.
O mundo pára, a vida pára e vou ficando
Numa espécie de sonho adormecido.


E viajo neste tempo e neste espaço
Ao encontro da tua suave e meiga voz .
E, apertando-te ternamente nos meus braços
Faz se um silêncio longo que fala por nós!


E assim viajo no tempo e no espaço
Contagiada por esse teu longo olhar,
Sinto a tua mão, entrego-me à ternura,
Numa cegueira imensa, intensa procura
De tão simples gesto, tão bela forma de dar!


M.Barroso