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christine schloe |
Chovia
a noite na transparência
serena e doce do olhar do orvalho
confidenciando
com a melodia acre
de gotas
sonoras.
Na
cortina da bruma, ainda mais baça,
bailava
o mistério da invernia sedenta
de
fome na procura insaciável da seiva
das
palavras.
Nas
mãos das árvores desprendem-se
ocasos
nascidos do ventre da terra.
O
silêncio nasce no espaço da incerteza
do
destino da manhã.
Iluminam-se
corpos na caverna da noite
com
vazios de ventos, de luzes difusas,
prolongando-se
em nevoeiros inquietos.
E
os segredos noturnos dormem nas veias
agitadas
das árvores e no coração das pedras,
abrigadas
na glorificação da beleza
de
sombras inquietas.
Manuela
Barroso, in “Laços”- Dueto -