Acordou a manhã com os recortes distantes
do cinzel
dos abetos.
nem um cão
vadio mastigava o orvalho,
nem o
cheiro do pólen ruminava as sombras escondidas
nas portas
da aurora
mas tudo
se calava num mutismo vagabundo,
num
amarelo corroído pelo tempo.
o vento
permanecia enjaulado
em grades
sinistras
em
ausências indecisas.
os ecos
persistentes da manhã
insistiam acordar a alegria que longa no vale
,
ainda
dormia
Manuela Barroso, Eu Poético Vll