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| Christine Ellger |
Escrevo-te no sol
desenrolando penachos de
nuvens na bebedeira dos catos antes que morra
no outeiro da tarde. Escrevo-te toardas sombrias,
que correm entre mim e ti, e que tento em
vão decifrar. Perdem-se nos confins, nos labirintos
das memórias no grau zero da escada, ponto
onde escuto o nada. Só ouço remansos, volto,
escolho descansos, aninho-me no canto do
meu lugar. Acorda-me uma gaivota. Afinal
a luz existe. Porque não corres com ela? Sei.
nuvens na bebedeira dos catos antes que morra
no outeiro da tarde. Escrevo-te toardas sombrias,
que correm entre mim e ti, e que tento em
vão decifrar. Perdem-se nos confins, nos labirintos
das memórias no grau zero da escada, ponto
onde escuto o nada. Só ouço remansos, volto,
escolho descansos, aninho-me no canto do
meu lugar. Acorda-me uma gaivota. Afinal
a luz existe. Porque não corres com ela? Sei.
És pássaro sem asas. Mas plana com teus braços
feitos remos neste mar que é a estrada. O sol
vai alto. Até ao sol- pôr vive cada minuto
em desmedida cavalgada. Liberta te,solta-te
já que a vida é só um salto.
feitos remos neste mar que é a estrada. O sol
vai alto. Até ao sol- pôr vive cada minuto
em desmedida cavalgada. Liberta te,solta-te
já que a vida é só um salto.
Manuela Barroso
