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com suas folhas de agulhas, saudando o tempo de
esperança
nos fins de tarde soalheiros
Ouço-te no estio agreste
em silvos de angústia
nos ouvidos secos dos vales, na música dos
caminhos
nos ecos das madrugadas e
na brancura dos linhos.
Ainda te vejo no cume da
calçada
flores campestres
passeios de joaninhas e
frutos silvestres
Os aromas,
ah, os aromas!
eram ausências de perfumes
vadios,
presença da limpidez da
primavera
recanto das raízes virgens
no ventre impoluto da terra
Hoje
sou planeta, clarão sem
luz que acoberta os dias que tateio
na fragilidade dos
inocentes, pés acorrentados e nus
Manuela Barroso in "Laços"- Dueto, Ed. Versbrava
Manuela Barroso in "Laços"- Dueto, Ed. Versbrava