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sábado, 14 de maio de 2022

Deixem

 



Deixem soltar os respiros das flores.

Há vagas de alegria nas sedas que me

fogem das memórias e palavras que

morrem de saudades.

 Há delírios nos sonhos que emudeceram

e torpedeiros que matam a primavera do

meu tempo.

 

Deixem passar o pólen,

deixem que sejam as abelhas

a fazerem a guerra.

Só quero o mel que me resta ,

abraçar o mundo,

sorrir como as crianças.

fazer da vida uma festa.


Manuela Barroso

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