Troco os meus olhares com a quietude dos peixes
e vagueio numa ondulação combinada
com o arrepio mastigado das águas
que morrem na indiferença das horas.
com o arrepio mastigado das águas
que morrem na indiferença das horas.
Nem o feitiço da luz em relâmpagos no seio das águas lisas
me acordam deste flutuar harmonioso e sereno
numa fusão clandestina
entre o profano e o sagrado.
me acordam deste flutuar harmonioso e sereno
numa fusão clandestina
entre o profano e o sagrado.
O meu caminho abre-se
nas clareiras profundas e brancas das areias
em janelas de rostos cristalinos
onde procuro repousar este destino.
nas clareiras profundas e brancas das areias
em janelas de rostos cristalinos
onde procuro repousar este destino.
Aí,
sou a casa abandonada
no navio que perdeu o leme
e deixou a esperança da alegria
na linguagem impaciente dos mastros
sou a casa abandonada
no navio que perdeu o leme
e deixou a esperança da alegria
na linguagem impaciente dos mastros
Nem a tarde nem a noite acordam a cumplicidade silenciosa
destas solitárias ondas.
Nelas, abandono as memórias
na quietude da sombra dos juncos.
destas solitárias ondas.
Nelas, abandono as memórias
na quietude da sombra dos juncos.
Manuela Barroso, in "Antologia conVida", Barbára Editora- Blumenau, 2013
Org. Anderson Fabiano e Helena Chiarello
Org. Anderson Fabiano e Helena Chiarello
Pausa...
...na quietude da sombras dos juncos!
Desejo a todos/as Boas Férias!