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Transparente e leve uma pinga
como uma rosa nascia.
Era água, era flor ou era luz
que naquele ramo descia.
Colada ao galho, paciente esperava
o vai-e-vem do vento
que ao longe assobiava ,
trazendo gotas dispersas
outras nos charcos submersas.
De uma pinga, uma pérola se fez
emanando fulgente brilho
mas ao escorrer no ladrilho
sua forma se desfez.
Não
chores, pinga de chuva
porque
não perdeste a graça
que a importância que tens
é
conforme as circunstâncias.
No novo ciclo de vida
em pérola de novo vens.
Na verdade, não é a forma
que dá valor ao que temos
mas antes a essência da sombra
que somos e que não vemos.
Manuela Barroso, Luminescências-Seda Editora