O sol vai-se anulando
acariciando a copa branda do jardim.
Uma espera dormente veste-se de inquietudes longínquas
neste sono de folhas caídas.
Uma sombra de júbilo entrelaça-se
com uma íntima angústia,
numa miscelânea de cores intensamente
sentidas.
Cai o tempo, e a tarde e o vento e o sol
murcham o perfume da alegria das
flores.
Vénus caminha, abrindo sonhos e fechando o dia.
Eu
anseio pela distância do meu silêncio
e adormecer com fragrância desta noite inacabada
no dossel das tintas crepusculares, com alegria.
acariciando a copa branda do jardim.
Uma espera dormente veste-se de inquietudes longínquas
neste sono de folhas caídas.
Uma sombra de júbilo entrelaça-se
com uma íntima angústia,
numa miscelânea de cores intensamente
sentidas.
Cai o tempo, e a tarde e o vento e o sol
murcham o perfume da alegria das
flores.
Vénus caminha, abrindo sonhos e fechando o dia.
Eu
anseio pela distância do meu silêncio
e adormecer com fragrância desta noite inacabada
no dossel das tintas crepusculares, com alegria.
Texto e Imagem
Manuela Barroso
5 comentários:
Olá, querida amiga Manuela!
"Cai o tempo, e a tarde e o vento e o sol
murcham o perfume da alegria das
flores."
Mudança de tempo, as flores se recolhem ai... deixando um rastro de perfume nos corações sensíveis.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos
A copa dourada do sol nos fins dos dias é sempre inspiradora fonte de poesia e seu rastro acompanha-nos nas nossas inquietudes em um mundo cada dia mais sombrio. Há de se envolver com a beleza que anda somos capazes de sentir, Manuela Seu poema me traz as cores de tardes solares.
Que teus sonhos sejam sonhados sob as estrelas da janela, amiga e que tudo siga em paz.
Beijinhos
"Anda ver o sol" cantou o Zeca. E tu, minha Amiga e poeta, trazes-nos com as tuas palavras a plenitude perturbadora de um fim de tarde de outono em que podemos olhar o sol em espanto e alegria quando nos sentimos nascer na prece e na gratidão daquilo que nos é dado ver. E anseias pela distância do teu silêncio que tudo absorve e se entrelaça com a mais íntima das angústias. Belíssimo poema!
Tudo de bom para ti.
Um beijo.
O pôr-do-sol é um momento único. Sentamo-nos a admirá-lo
a fotografá-lo, a torná-lo eterno. Tempo de silêncio e contemplação .
Os pássaros procuram as copas das árvores num gorjear intenso e tudo se prepara para descanso dos que labutam e
pensam.
Poema rico, minha amiga.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Olinda
Boa tarde Manuela,
Um belíssimo poema de outono, em que a nostalgia dos dias curtos nos traz algumas inquietudes, enquanto observamos o
entardecer que nos convida ao silêncio e paz.
Magnífica a sua a foto a embelezar o magistral poema.
Beijinhos e um outono sereno e feliz.
Emília
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