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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Quando

 





Quando te roubarem o sol da boca  

e escurecer a água da memória,

mantem o olhar na dança dos limos

que na transparência da corrente,

não revelam

nem melancolia,

nem rotina,

nem a sua aparente fragilidade.

 

Entre os seixos, acariciam as cataratas,

libertam a delicadeza da cor

e permanecem na alegria

do ímpeto da espuma nas fragas.

 

Que não te enfraqueçam as mágoas 

mesmo que as tragas.



Manuela Barroso

4 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de Paz, querida amiga Manuela!
É preciso ser grande para sublimar as mágoas..O mar nos ajuda muito a que aconteça assim...
Chegiei ha pouco dele e como penso nos pontos que você poeta.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos

Toninho disse...

Linda poesia com sua marca indelével Manuela.
Há uma elegância que me encanta cada verso, cada palavras lapidada. Quando tudo parece volátil, quando o chão escapa dos pés, enlevar-se e ser grande, uma bela arte da vida.
Um show de inspiração e construção amiga.
Bjs e paz com feliz fim de semana.

lis disse...

Esforçamos sempre para 'permanecer na alegria' ,a vezes basta ver o dia amanhecer e as inquietações se dissipam,Manu Um lindo poema, amiga
Linda semana para ti e os seus.
Que o inverno seja inspiração e aconchego, Te abraço desejando uma semana de Paz para todos nós.

Graça Pires disse...

Manter o olhar na dança dos limos para que o sol e a água não escureçam na memória.
"Que não te enfraqueçam as mágoas mesmo que as tragas", pode ser um lema de vida.
Um poema cheio de delicadeza, minha Amiga Manuela.
Uma boa semana.
Um abraço bem apertado.