Quando te roubarem o sol da boca
e escurecer a água da memória,
mantem o olhar na dança dos limos
que na transparência da corrente,
não revelam
nem melancolia,
nem rotina,
nem a sua aparente fragilidade.
Entre os seixos, acariciam as cataratas,
libertam a delicadeza da cor
e permanecem na alegria
do ímpeto da espuma nas fragas.
Que não te enfraqueçam as mágoas
mesmo que as tragas.
Manuela Barroso
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