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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Na poeira

 

Jaime Best



Na poeira lê-se o tempo que corre parado

na exatidão do espaço 

que espera algures, em lugar nenhum.

A respiração atravessa as folhas e os pulmões das pedras

no musgo rarefeito.

Os raios aquecem os néctares que pernoitam nos lábios

de todas as paisagens.

A luminosidade vagueia plana no coração da Terra

anunciando a alegria de estrelas azuis.

Nos ninhos aquecidos de peitos maternos,

dormem ondas de amor nas marés do coração.

 

Porque não sorris com a translúcida cor dos olhos dos lírios?

Arruma as angústias,

sacode a poeira que embacia o teu Agora.

Há muito tempo que o sorriso é a muralha

que guarda a fortaleza no poema da tua alma.



Manuela Barroso

5 comentários:

chica disse...

Lindo e tantas vezes precisamos a poeira sacudir...

beijos,tudo de bom,chica

Roselia Bezerra disse...

Boa noite de paz, querida amiga Manuela!
A poesia nos dá leituras diferenciadas de tantas realidades.
Você é perita em abordagens lindas.
Tive outro bom momento por aqui agora.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos

Olinda Melo disse...

Um belo momento de leitura poética.
Um toque de divino nas palavras tão
bem delineadas em versos.
Adorei, querida Manuela.
Beijinhos
Olinda

Graça Pires disse...

Que poema, Manuela! Fico sem palavras. Tocou-me o coração, principalmente quando escreves: "Nos ninhos aquecidos de peitos maternos, dormem ondas de amor nas marés do coração." Tão sensível, tão delicado, tão cheio de ternura. É mesmo um belo poema.
Sente o meu abraço.

Teresa Isabel SIlva disse...

Muito bonito! Os meus parabéns!

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