Desfez-se a geometria
Que percorria
O meu jardim.
As pétalas uma a uma
foram caindo
dentro de mim.
Minha casa, meu palácio
onde nasci
agora sombra
granito apenas
onde vivi
O meu baloiço que dançava
rosas brancas
ficou sozinho.
Dança agora o pó branco
Do caminho!
Agora danço no baloiço do meu tempo
As miosótis azuis
No passo compassado, lento
Do pensamento...
Manuela Barroso, "Inquietudes", Edium Editores
10 comentários:
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. que Lhe seja o futuro salpicado de um azul lápis-lazúli . :) .
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. um beijo.meu .
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O que se viveu, o que se sentiu, o que se forjou, deixam sempre memórias vivas, dando comoção às cores do que se perdeu...
Muito belo, Manuela
Um beijinho :)
Um poema muito bonito, onde a saudade e a memória se enlaçam nos versos como trepadeiras, numa parede alva.
Deixo um abraço e votos de uma boa semana
Poema lindo, com uma leveza tamanha!
Boa semana... que já decorre!
Rui
Lindas palavras em profundo sentimento
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=EgeQXJjUpSQ
Blog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br/
Tão nostálgico e tão belo.
Dançamos muitas vezes ao som da melodia da saudade.
Beijinhos
Maria
Tudo muda com o tempo...
Mas há flores que não podemos deixar murchar... as que temos dentro de nós.
Um excelente poema. Já nem conto com menos...
Manuela, minha querida amiga, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
Pura delícia...
Até a melancolia, nas suas palavras, Manuela... não é triste... antes, de uma beleza tocante!
Lindíssimo! É só o que me ocorre!...
Beijinhos
Ana
E chega um tempo em que as lembranças nos acalantam.
Tempo de viver e colher algumas delicias que a sensibilidade plantou.
Lindo trabalho Manuela com meus aplausos.
Carinhoso abraço.
Ah outrora..
desfeita.
Muito bonito e emotivo Manu
obrigada pela poesia que te cabe tão bem e me encanta tanto.
beijos
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