Jaime Best |
Era de Gales o príncipe que entardecia no teu corpo.
A Primavera
semeava-se na mesa com o sorriso
e a tatuagem da
adolescência.
Migramos como aves clandestinas no abandono
dos segredos à
procura de um abrigo onde pousar o nosso
afago tão urgente, tão impiedoso como platónicas
são as flores onde
nunca tocaste.
No tecto do teu mundo, o sol engoliu o perfume da pátria
que te esqueceu.
Que ofereças agora trevos, na intimidade da noite
e que as galáxias hoje te cubram de sossego
na penumbra da tua inquietação.
Manuela Barroso