Escondes no
teu silêncio
o frio da
escuridão que se
dispersa
numa aragem erguida
nos braços
da incerteza.
Trazes a
chama da saudade
escrita nos
olhos da lua
e unes a
Terra e o Mar
numa Fusão
eterna de Mistério
escondendo-se
na espuma do tempo.
És o espelho
da Solidão,
a única
música que se ouve
na
profundidade da tua memória
e onde eu
queria divagar.
Entrego-te a
harpa deste
Silêncio que
guardo como
um sonho que
dorme,
inacabado, cansado
em meu peito.
Abandono-me na tua carícia serena
onde a Paz é
o Sono que me acorda.
És a fonte
que gorgoleja,
a sombra que
refresca o verão quente
das minhas
tardes.
E na
floresta das tuas sombras,
vibram as
imagens do passado,
escritas na
saudade errante
que vagueia
dentro de mim.
Manuela
Barroso, in “Inquietudes”- Edium Editores 2012