A luz coa a acidez
das sombras no fogo das resinas,
definhando os nervos da terra que geme no refúgio das grutas
onde cantam os morcegos na felicidade das teias em cortinas.
Ninguém escutará a voz
encostada aos olhos das nascentes;
só o rosto do granito erguido
no moinho solitário, dormente.
Amanhece.
Uma chuva de sol
se espalha em delírio no orvalho incandescente da ladeira
e cobre o solo tecendo arabescos na poeira.
O pólen desce do campanário.
Mergulhando no chão,
outras flores virão,
fazendo dele um santuário.
Manuela Barroso
definhando os nervos da terra que geme no refúgio das grutas
onde cantam os morcegos na felicidade das teias em cortinas.
Ninguém escutará a voz
encostada aos olhos das nascentes;
só o rosto do granito erguido
no moinho solitário, dormente.
Amanhece.
Uma chuva de sol
se espalha em delírio no orvalho incandescente da ladeira
e cobre o solo tecendo arabescos na poeira.
O pólen desce do campanário.
Mergulhando no chão,
outras flores virão,
fazendo dele um santuário.