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terça-feira, 17 de setembro de 2019

Cavalgando



Nos cabelos das ondas do vento
quando tudo já dorme em redor
abandono, solto o pensamento
cavalgo festas de prados e flores.

O ar seco sacode os meus olhos
do brilho cinza que neles se faz
nasce a alegria, todo o azul em folhos
na infância e inocência que ele me traz

E galopando caminho fora
sorvendo os cheiros que vêm da terra
bebo o orvalho destilado da serra.

Desço com calma deste meu corcel
percorro a babel que a vida encerra
e sinto-me flor neste mundo cruel


Manuela Barroso, in "Luminescências"


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