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domingo, 9 de maio de 2010

AGORA, Só


E eis-me no meu ponto de partida!

Eu, que me fixo como uma estrela no Agora, eis-me a sucumbir com o peso intenso, desmesurado do Hoje!

A vida repousa as suas mágoas ou nostalgias no Antes, deposita a sua esperança no Amanhã, para esquecer a amargura do AGORA...mas a angústia torna-se de tal forma presente, que esquecemos a paciência e doutrina de Buda, para nos incliarmos com reverência ,para este estado de alma inquietante, revoltado e inconformado do dia a dia monótono, contínuo, constante e miseravelmente rotineiro!

A solidão faz parte integrante deste estado de sítio..Sentada, de olhos abertos vejo só o fundo do mar que me dói! Abro os olhos e vejo -qual Petrarca - não as flores e os pássaros que fizeram as delícias da alma ontem, mas a sombra que arrepia e se adensa à tarde com o piar dos mochos!

Qual alma que deambula pela floresta da vida, também há dias em que a alma sai veloz à procura de paz e quietude!

Meu Mestre disse um dia ,não ser esquisita, mas sim Especial! Será?

Quando e como saberei este segredo ? Ah, como são estranhos os desígnios de Deus!

Entretanto...a alma vai-se apagando...pagando...sofrendo...a viver ...nesta minha cidade da vida!

Mas espero com a elevação que me foi transmitida, o despertar de uma nova aurora, em que, em vez de cantar o pôr plangente e melancólico - mas sempre belo- do sol, toque a trombeta da alvorada e que possa despertar desta letargia que oprime em vez de fazer renascer para um novo dia!

Boa noite tristeza!

Até amanhã alegria...