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sexta-feira, 1 de junho de 2012

O cisne



O cisne vestido de branco
De asas soltas
Vagueando pela água fora
Olha de cima, altivo e sereno
Como um navio que na água mora.

E esta presença quase principesca
Namorando as pessoas que o apreciam
Faz-me lembrar que na alvura das penas
Se esconde o orgulho das almas pequenas...

E o cisne de neve
Revolveu-me o pensamento:
De que serve o branco da candura
Quando dentro da alma perdura
O orgulho e altivez segura
Que ao cisne serve de alimento?


Manuela Barroso, in "Inquietudes"
Imagem : Net