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segunda-feira, 6 de junho de 2011

OLHA..


Foto de Helena Chiarello in "Fotografismos"
"Enquanto o sol busca o descanso
a bruma, com seu jeito manso
começa o seu despertar..."
 

OLHA O SOL
Olha o sol que vai nascendo
Olha o orvalho das manhãs
Olha o verde destes prados
E a giesta dos montes
E a água fria das fontes
E o coaxar das rãs...
Olha a tarde caindo calma
Olha a brisa que serpenteia
Olha o sol morrendo aos poucos
Olha Vénus que se passeia...
Olha a noite que vai nascendo
Olha a lua fixa e calma
Os salpicos das estrelas
E a paz que te enche a alma...
Olha a brisa suave e doce
Enfunando tuas velas
Olha a música da aurora
Olha o Amor que respiras
Olha o Universo Presente
Em coisas pequenas...tão belas...

                        Maio 2003 “ Eu poético I"  
   

sábado, 14 de maio de 2011

DEAMBULANDO

Contornos de fim de tarde - De Helena Chiarello in Fotografismos

Os olhos passeavam no tempo
Escondido na noite
Eras a folha verde e sadia
Errando na tarde vadia
Cheiravas a noite molhada
A tomilho, jasmim
Amoras, morangos silvestres
Urze, tojo e alecrim
Passeavas no crepúsculo, além
Terra de horizontes e sonhos
Casa de tudo, ninguém
Aparecias na madrugadas
No silêncio da aurora
E com o sol azul te erguias
Beijando as manhãs claras
E declinando na tarde, dormias!
Deitaste no colo do pôr do sol
E subiste aos palmeirais
Estátuas de vidro
Reflexo de cristais
Que fecharam em ti a cortina
Pousaste-te
E ouviste em surdina
O cântico da noite.
Sonhando
Adormeceste em ti!


In" Eu Poético"


sábado, 7 de maio de 2011

PARTE DE MIM

Imagem da net
Uma parte de mim é saudade
Que nasce algures em minha alma
Outra parte Vazio
Divino, frio
Que me pacifica, acalma...

Outra parte é natureza
Lava quente de vulcão
Outra saudade imensa
Feita de amor, coração

Uma parte de mim é amálgama
De tudo, de nada
Nuvem de pó
Fim da estrada

Outra parte melancolia
Que dói bem dentro do peito
Ah! silêncio, melodia
Esta música em que me deito!

                                                         manuela in "Eu Poético"

sexta-feira, 29 de abril de 2011

QUIETUDE!


Na minha casa - Imagens Google
...E como saboreio a mansidão das horas que correm com o tempo marcado pelo som  cadenciado do tic- tac...
Deixo-me levar pelo meu pensamento e a minha imaginação não conhece os seus limites nem os limites que eu consinto...
Neste decorrer quieto do tempo, saboreio o meu EU!.
Prescindo do meu Ego!
Esse escuto-o de dia usando-o como escudo, tentando preservar as fragilidades dos sentimentos...
...E espero a noite...
Não aquela noite dos antigos sorrisos misturados com inquietações nocturnas...
Não!
Agora espero a noite para me encontrar, para me falar, para me sentir, para me amar!
...E como gosto de estar comigo, na mansidão da noite e na protecção escura...na Luz da minha Alma!
É um doce Vazio onde deponho todas as alegrias conquistadas e que fizeram, fazem, parte do meu crescimento interior!
O tempo vai correndo docemente, calmamente, suavemente...mas tão depressa...que tenho pressa de não o apressar!
...Quero que pare!
...Quero que esta quietude permaneça...antes de permanecer a saudade da Impermanência!
É que na Impermanência do tempo...só resta a saudade!

NOITE


Imagens Google
A noite está cansada das sombras
Da voz escura da lua
Que dorme exausta na noite
Fios de luz se entrelaçam em meus dedos
Percorrem mãos cansadas, famintas
E estendem-se nos braços semi-nus
Enrolam-se no corpo solto
E caem vozes descarnadas
Enchem o vazio
E cai o frio penetrante, imenso
No círculo do peito denso
Arrepio
Calafrio
Estendo em mim esta lonjura
Calando sempre assim este segredo
Feito em silêncio e amargura
Abafo este nó feito de medo