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segunda-feira, 1 de julho de 2024

Vieste

 


Vieste dentre os filhos das nuvens.
No colapso da luz
transgrediste o sinal que jazia
inerte
no crepúsculo das águas.

E fez-se noite.

No labirinto da aurora
renasciam as flores noturnas.
No compasso do orvalho,
as gotas caindo,
lavavam olhos que aos poucos
se iam abrindo.

De novo o crepúsculo.

Mas hoje, vestido de branco
e  sorrindo.

Manuela Barroso



6 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de Paz, querida amiga Manuela!
O que vem "vestido de branco
e sorrindo" só pode ser do bem e da paz...
Lindissimo!
A segunda estrofe é muito perfumada e bela.
Tenha um julho abençoado!
Beijinhos

Graça Pires disse...

No colapso da luz. No labirinto da aurora. No novo crepúsculo. Versos que me conduzem ao teu imaginário e que guardo como se fosse meu. Tão belo, minha Amiga Manuela!
Tudo de bom.
Um beijo.

Elvira Carvalho disse...

Quisera eu ter engenho e arte para comentar este poema como merece.
Abraço e saúde

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida Manuela. Saudades de vir beber a esta fonte, donde saio sempre mais rica. Adorei como sempre ler-te. Deixo um beijinho e prometendo voltar sempre.

Olinda Melo disse...


Olá, querida Manuela

Poema belíssimo que nos leva até às nuvens.
Adoro a forma como dispõe as palavras e nos
transmite todo o sentimento de pertença.

Continuação de boa semana, minha amiga.
Beijinhos
Olinda

Majo Dutra disse...

Também temos tido neblinas noturnas...
Metáforas especialmente belas e mágicas...
É uma coroação jubilosa da natureza!
(Tenho uma breve homenagem ao Fausto)
Beijinhos, estimada Manuela
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