SEGUIDORES

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Vieste

 


Vieste dentre os filhos das nuvens.
No colapso da luz
transgrediste o sinal que jazia
inerte
no crepúsculo das águas.

E fez-se noite.

No labirinto da aurora
renasciam as flores noturnas.
No compasso do orvalho,
as gotas caindo,
lavavam olhos que aos poucos
se iam abrindo.

De novo o crepúsculo.

Mas hoje, vestido de branco
e  sorrindo.

Manuela Barroso



3 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de Paz, querida amiga Manuela!
O que vem "vestido de branco
e sorrindo" só pode ser do bem e da paz...
Lindissimo!
A segunda estrofe é muito perfumada e bela.
Tenha um julho abençoado!
Beijinhos

Graça Pires disse...

No colapso da luz. No labirinto da aurora. No novo crepúsculo. Versos que me conduzem ao teu imaginário e que guardo como se fosse meu. Tão belo, minha Amiga Manuela!
Tudo de bom.
Um beijo.

Elvira Carvalho disse...

Quisera eu ter engenho e arte para comentar este poema como merece.
Abraço e saúde