Na planície verde dos sonhos,
as águas correm
com a placidez dos dias
esquecidos.
É a única voz que perfuma o
pão desta fome de silêncio
Contorno as margens dos
sapais e colho hastes de alegria
no bailado leve das ervas.
Prendo-me ao chão, escutando
as súplicas das rãs
no murmúrio da linguagem
que salta da pele plana
e quieta dos charcos.
Sigo o vaguear inquieto das
libélulas
arrastando consigo
o sono dos nenúfares
Quero vingar-me deste lugar
abrigado da noite
que me oculta a dança suave
dos reflexos dos olhos da lua,
sacudir este sal que fulmina
os sabores das manhãs quentes e quietas
e agonizar com a felicidade
do declínio das tarde limpas
com lumes no horizonte.
Regressarei ao meu vale azul
e pernoitarei com as
asas das estrelas.
Manuela Barroso, "Eu
Poético"
17 comentários:
Boa tarde Manuela,
Um poema lindíssimo que fala da sedução das planícies que tanto dizem ao meu coração.
Muito obrigada pela sua visita e comentário no canto meu.
Beijinhos e bom domingo.
Ailime
Ola, querida amiga Manuela!
O desejo decregressar deve se dar pela beleza do lugar e pela paz interior...
Seja feliz e abençoada!
Bjm de paz e bem
Por vezes é assim
sequestrados no paraíso
Um belíssimo poema, Amiga.
Um abraço e boa semana
Belíssimo poema! Uma dança na planície, esperando subir à montanha para tocar as estrelas do céu...
Uma boa semana, Manuela.
Um beijo.
Querida Manuela.
Este belíssimo poema que nos fala de sonhos e quimeras
é encantador.
Gosto muito de te ler.
Melhoras...
Beijinhos
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Querida Manuela
Magnífico poema.
Lamento dizer-te que este é o último comentário que aqui faço. Qual o motivo? Venho aqui e comento amiúde; pelo contrário tu não me fazes o esmo. Porquê? Ofendi-te? Insultei-te? Agredi-te? Teho a certeza de que não.
Qjs do
Henrique, o Leãozão
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Porque tu mereces quero explicar-te o motivo desta minha grande ausência: ao cabo de uma longa desgraçada malditas doenças que penso que as já conheces mas resumo, um cancro na próstata do meu irmão Braz que vem-se arrastando dolorosamente desde há um ano e meio; a doença pulmões-fígado da minha cunhada Lena que vive nos Açores e vem decorrendo há onze meses e outras, coube-me agora a mim. Fui internado no Hospital de Santa Maria com uma pneumonia agravada por vírus ou bactéria que andam por aí. Estive lá onze dias até me darem alta. Sublinho que fui tratado nas palminhas por médicas e médicos, enfermeiras e enfermeiros e auxiliares, com profissionalismo, simpatia e até carinho. Se alguém me disser mal do SNS vou-lhe às trombas!
pressente-se o fogo e os ventos
agitar o verbo contido no corpo do poema
e a doce amargura do "sono dos nenúfares"
e sal tão desperto a acicatar "as tardes límpidas"
muito belo, Manuela
beijo
Contemplando ese maravilloso paisaje, los sueños parecen tener alas y se elevan hasta tocar las estrellas.
Me ha gustado mucho tu poema.
Cariños y buena semana.
kasioles
Muito belo o seu sentir poético,
que pressinto que espelha este seu
céu interior e neste brilho em
que a sua sensibilidade soma-se à
expressividade poética sublime ou
dela a fonte a proprcionar, que este
seu talento poético de beleza
descritiva rara, nos invada à alma
de Poesia no momento da
leitura.
Sempre fico grata com a leitura
que aqui faço, arte da Poesia
que ecoa na minha alma. ..
Um final de semana luminoso
para você, querida poetisa!
Beijinhos, Manuela.
Ser sensível nesse mundo requer muita coragem.
Todo dia.
Esse jeito de ouvir além dos olhos,
de ver além dos ouvidos,
além do horizonte...
Esse amor tão vívido em terra em que
a maioria parece se assustar
parece que o mundo tem medo de amar.
Tenha um abençoado final de semana.
Um Domingo com missa ou culto
tanto faz Deus esta em toda parte.
Bjs.Evanir.
Sinto falta do seu carinho.
Ficaria feliz se pudece ver a tristeza do meu
profundo olhar.
Bebes cada gota de poesia que a natureza te oferece. E não desperdiças nada.
E eu contemplo e desfruto o teu vibrante poema.
Parabéns, amiga.
Beijinho.
Serenidade e encanto, tão bem transpostos em palavras... certamente inspirados, nessas terras maravilhosas a norte... cada vez mais verdes nos nossos sonhos... e certamente bem menos, na nossa realidade... depois da calamidade dos incêndios, do ano passado...
Maravilhoso este recanto encantado, tão bem descrito!...
Finalmente conseguindo passar por aqui, com tempo... depois de um grande afastamento, nos últimos meses... em que o tempo, me faltou... para dar a devida atenção, aos problemas de saúde sucessivos, que foram ocorrendo, com a minha mãe... a queda no Verão passado... com uma recuperação muito lenta, numa perna... mesmo a tempo, de fazer a primeira operação às cataratas, no final de Novembro... e depois todos os cuidados, com o pós operatório... para que nada se complicasse com a sua situação cardíaca... e assim se passou, uma grande parte, do segundo semestre de 2017...
E aproveitando então estes dias mais calmos, antes da próxima ronda de consultas e exames, para a segunda operação à vista, para visitar os blogues, que fui deixando de conseguir acompanhar como desejaria, nestes meses mais atribulados... vou espreitar então, o que andei ultimamente, a perder, por aqui...
Beijinhos, Manuela! Bom resto de domingo, e uma excelente semana!
Ana
Manuela,
Eu deixei um comentário deste seu
belíssimo poema, após uma
leitura atenciosa e espelhando
a minha admiração pela sua
poética e agora vejo que não
foi publicado, o meu comentário
foi no dia 20, ontem.
Fiquei sem entender, já que
foi avisado após o comentário
que seria depois publicado
conforme o moderador do
blog ...
Um bom domingo!
Beijinhos.
Mais um magnífico poema, onde a excelência das imagens poéticas é uma constante.
Gostei imenso, parabéns.
Continuação de boa semana, amiga Manuela.
Beijo.
OI MANOELA!
CONSEGUES UMA CONEXÃO PERFEITA ENTRE A NATUREZA, AS PALAVRAS E TUA INSPIRAÇÃO QUE ENCANTAM SEMPRE.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Gosto imenso deste jogo de palavras que empregas na construção dos versos.
Que tal esse pernoitar nas asas das estrelas, dorme-se bem?
Abraços de vida, querida amiga
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