As palavras
deitam-se ao ritmo das horas incertas dos espaços mentais…
Os números do tempo aquietam-se no sossego e tranquilidade da noite.
Ouve-se um sussurro quente que mexe a roupa nos estendais…
O vulto de mim, aproxima-se da janela aberta que me abraça com a noite.
O ventinho morno convida para um “tête-à- tête”, na noite cálida.
Aceito.
O som continua cavo, vindo das profundezas do horizonte que já não lobrigo.
Tudo calmo.
Só um vento mensageiro de mistérios que se escondem nas esquinas esconsas da cidade.
A roupa continua a dançar no estendal, como num bailado de fantasmas…
…E o olhar perde-se por instantes, prendendo-se ao piar pegajoso das gaivotas.
Saboreio esta mensagem de ar, com as castanhas de S.Martinho.
Mistura de sabores que vagueiam no cérebro, onde dormem recordações…
…E a leitura da brisa começa a saber a arrepio, a saudades nocturnas…
Olhos que se deitaram no céu, perdiam-se agora em lembranças fugidias que o inconsciente teima avivar…
Uma espécie de “déjà vu” retira-me da janela que agora fecho com a alma dos olhos e empurro com as mãos.
Recolho o silêncio da noite e deponho-o no meu leito…
…é com ele que me deito!
Os números do tempo aquietam-se no sossego e tranquilidade da noite.
Ouve-se um sussurro quente que mexe a roupa nos estendais…
O vulto de mim, aproxima-se da janela aberta que me abraça com a noite.
O ventinho morno convida para um “tête-à- tête”, na noite cálida.
Aceito.
O som continua cavo, vindo das profundezas do horizonte que já não lobrigo.
Tudo calmo.
Só um vento mensageiro de mistérios que se escondem nas esquinas esconsas da cidade.
A roupa continua a dançar no estendal, como num bailado de fantasmas…
…E o olhar perde-se por instantes, prendendo-se ao piar pegajoso das gaivotas.
Saboreio esta mensagem de ar, com as castanhas de S.Martinho.
Mistura de sabores que vagueiam no cérebro, onde dormem recordações…
…E a leitura da brisa começa a saber a arrepio, a saudades nocturnas…
Olhos que se deitaram no céu, perdiam-se agora em lembranças fugidias que o inconsciente teima avivar…
Uma espécie de “déjà vu” retira-me da janela que agora fecho com a alma dos olhos e empurro com as mãos.
Recolho o silêncio da noite e deponho-o no meu leito…
…é com ele que me deito!
Texto-Manuela Barroso
Imagem-Da Net
6 comentários:
Boa noite de Paz, querida amiga Manuela!
Inspirada em São Martinho, os poemas tomam o sabor das castanhas assadas e ficam num suave paladar ao coração.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Percorro as tuas palavras com o prazer de quem entende como a noite rasga as margens do silêncio e nos deslumbra e nos perturba e nos devolve os momentos tão nossos.
Que gosto ler esta tua prosa poética, minha querida amiga.
Tudo de bom.
Sente o meu abraço.
Um texto lindo. Uma verdadeira pérola literária. Deixo o meu encantamento e admiração.
Feliz fim de semana
Un sentir de arrobo nocturno maravilloso. Recuerdo concretamente en mi caso, la tranquilidad de la noche en los pueblos de interior en Mallorca, pero en cambio, en mi ciudad hasta en la noche, el ruido (atenuado) impera. Recuerdo aquellos tiempos es que oía yo, en el campo, en la noche, el susurrar del viento, y el tañido de los cencerros de las ovejas, que de noche andan y pastan tranquilamente en los campos también de mi tierra. Un abrazo.
Querida Manuela
É um prazer imenso ler as suas palavras eivadas de sentimento
e que nos fala de recordações de uma forma tão fluida que
nos encanta.
No silêncio da noite tudo acontece. O que importa é que a Alma
esteja desperta para interpretar os sinais. Como a sua.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Olinda
No silêncio da noite, são muitas as memórias que afloram ao nosso pensamento.
Um poema sublime.
Beijos
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