não digas que é mau tempo
porque
beijos de água em flocos
que pousam
tão mansamente
numa leveza dormente
traz a paz ao pensamento!
E o branco em arrepio
que enfeita a Natureza
com este ar seco e frio
e lhe empresta esta beleza,
também
é cor de pureza.
Ah!
Não digas
que é mau tempo!
Deixa florir a neve
assim,
derretendo-se
em meu peito,
criando sulcos
em mim!
E,
deixa que as árvores pinguem
com o branco
que elas têm!
São as cores
com que se tingem!
Que se enfeitem
elas também!
Manuela Barroso, "Eu Poético III"
beijos de água em flocos
que pousam
tão mansamente
numa leveza dormente
traz a paz ao pensamento!
E o branco em arrepio
que enfeita a Natureza
com este ar seco e frio
e lhe empresta esta beleza,
também
é cor de pureza.
Ah!
Não digas
que é mau tempo!
Deixa florir a neve
assim,
derretendo-se
em meu peito,
criando sulcos
em mim!
E,
deixa que as árvores pinguem
com o branco
que elas têm!
São as cores
com que se tingem!
Que se enfeitem
elas também!
Manuela Barroso, "Eu Poético III"
14 comentários:
E da neve se fez poesia.
Abraço e saúde
Fantástico poema, a neve e sua beleza. tem um excelente 2021. Beijo
Lindo te ler e ver os enfeites que as árvores recebem ,brancos, gelados,mas aquecem o coração! bjs, chica
Boa tarde Manuela,
Que poema belíssimo!
A brancura da neve a deixar os seus traços leves e puros na alma e na natureza.
Gostei muito.
Um beijinho e bom 2021 com muita saúde.
Ailime
Não havia lido antes um poema que abraçasse a neve com tanta beleza. Aqui, ela não significa mau tempo, pois a transformou em riqueza. Gostei demais, Manuela! Bjs.
Fizeste este poema quando a neve se tornou ainda mais branca nos teus olhos...
Belíssimo!
Um bom fim de semana, minha querida Amiga.
Um grande beijo.
que bonito aqui caio na segunda feira bjs desejo um feliz fim de semana
A neve cai e a paisagem fica mais bela, dando-nos a ideia de uma " pureza " que, infelizmente, nem sempre existe; nem sempre, digo eu, porque, se pensarmos bem, querida Amiga, há sentimentos no ser humano de um branco lindo, cor de neve. E seria ainda mais incrivel esta beleza de ver a neve cair em flocos, se não tivessemos o coração gelado de tristeza pelas vidas que se estão a perder por causa desta pandemia; são muitas e algumas bem pertinho de nós e que tinham, ou melhor, que têm um lugar especial no nosso coração. E depois, há a falta daquele abraço capaz de aquecer aqueles que, sozinhos tremem com o frio da solidão Não podemos dar esse abraço e já me vi impossibilitada de o dar duas vezes, no prazo de um mês . E a neve cai, cobre de branco o verde das árvores, dos jardins, indiferente à dor de quem precisaria de um sol para atenuar ao sofrimento. Gosto de ver a veve a cair, gosto de ver o seu lindo efeito na paisagem, mas, neste confinamento a que estamos obrigados, gostaria de abrir as janelas de par em par e ver o sol a entrar com o seu belo sorriso. Mas há que respeitar a natureza, aceitar os seus ciclos e agradecer por ainda podermos admirar as suas belezas, sempre diferentes a cada estação. Será pela falta de sol, será pela preocupação com os números da pandemia, será pela saudade dos abraços que não dou, dos beijos que não recebo, das visitas que não faço...não sei,,,, mas sei que o desânimo tem tomado conta de mim; por isso, Manuela, a minha ausência aqui e em outros cantinhos tem sido grande e peço desculpas; sei que entendes, Amiga! Espero que estejam todos bem e que assim continuem, com SAÚDE. Seria ingratidão pedir mais do que isso, pois; perante tanto infortúnio, temos de nos considerar abençoadas. Um beijinho e obrigada pela amizade que me dedicas
Emilia 🙏 🌻
Que prazer ler-te, amiga! A neve inspirou-te à medida que caía e pintava a natureza. E a tua pintura nas palavras ficou luminosa e macia. Transmites, também, muita paz. A paz que nos está a fazer falta.
Grande abraço e saúde, querida Manuela!
Belíssimo este teu Poema que bem se compara á "Balada da neve de Augusto Gil".
Estás de parabéns pela excelência, sentido e oportunidade do tema.
Beijo
SOL
O poema enquadra-se perfeitamente com o tempo que passa, enriquecido com a envolvente simbiose entre o eu-poético e a peculiar manifestação da natureza.
Saudações poéticas.
Juvenal Nunes
Belíssimo!
A neve branquinha e imaculada são flores abençoadas a enternecer os olhares que sabem contemplar.
Beijinhs
Deixa florir a neve
assim...
Olá, querida amiga Manuela!
Linda a imagem para um poema que retrata o inverno de forma amena e bela.
Esteja bem, amiga!
Beijinhos
Mais um poema lindíssimo, onde se reconhece tanta beleza, mesmo sob as condições mais duras... na Natureza... tal como em muitos dos nossos sentires, pela vida fora...
Notável, como sempre, Manuela! Beijinhos! Estimando que se encontre bem, assim como todos os seus!... Continuo menos presente na Net... pois as rotinas de prevenção caseiras, continuam a suceder-se... e Janeiro... esteve terrível, por todo o lado!... Vamos a ver amanhã... pois a minha mãe foi chamada para a primeira toma da vacina... vamos ver se não terá nenhuma reacção adversa, dada a restante medicação... temos de ir para um Pavilhão Desportivo, aqui nas redondezas... estas deslocações, ainda acrescem mais stress aos idosos, na minha opinião...
Ana
Enviar um comentário