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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Na Seara de Graça Pires

 

Meus queridos amigos

A nossa querida Graça Pires, vai lançar mais um livro que será, tenho a certeza,  outra obra de arte.

Não só porque ela merece o nosso apoio e carinho pela companhia e amizade, mas também porque ELA É UMA DAS POETISAS ACTUAIS com a MELHOR E MAIS BELA POESIA, convido-vos, se puderem, para este encontro poético que será uma bela e gratificante festa poética e verdadeiros momentosde partilha.

Depois, levantado mais um pouquinho o véu, hoje, dia 22 de Novembro é dia de seu ANIVERSÁRIO!

Que melhor presente senão o de a acompanharmos e nos rendermos a mais esta dádiva de sedução poética?

O livro está ainda com preço de pré-venda e o link para o Zoom encontra-se em baixo. 



CONVITE


POÉTICA EDIÇÕES convida-nos para uma reunião Zoom agendada.

 

Tópico: ANTÍGONA PASSOU POR AQUI

Hora: 27 nov. 2021 04:00 da tarde Lisboa

 

Entrar na reunião Zoom

 

https://us02web.zoom.us/j/81341163078?pwd=emtoemNPcmpabDI2NXhRSkFuQ1FZUT09

 

O livro será apresentado por Carlos Campos.

 




E para ti, querida Graça, que  merecias o mais belo poema de Aniversário, com lindas palavras rendilhadas com estonteante linguagem metafórica, deixo que a razão se cale para dar lugar à Alma e à emoção que me assiste, para te dizer que conhecer-te, foi um dos mais surpreendentes presentes do Blog. E com ele o tempo, trouxe, a admiração , a estima num elo intemporal!




FELIZ ANIVERSÁRIO, GRAÇA!


Felicidades, muitos Parabéns e que a vida te sorria sempre com saúde e paz,querida AMIGA!

22 de Novembro de 2021


Manuela Barroso



sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Se o Vento

 



  

Se o vento te perguntar porque morrem as saudades,
porque os olhos já não brilham, 
diz-lhe que as penas mudaram a cor das asas
que o calor já não arde no sol do meio-dia, 
que os segredos moram na lua fugidia.
 
Se o vento te perguntar porque sorris no silêncio, 
diz-lhe que já não há sal nos regatos do outono 
que a flor da primavera é uma cor sem retorno, 
um renascer ao abandono.
 
Se te perguntar ainda porque pernoitas no dia,
diz-lhe que o néctar das horas amargas azedam  
os olhares, os minutos são corroídos pela solidão
e que o corpo não descansa no lençol virgem da 
tarde, com lágrimas nos buracos profundos da mão.
 
E se o vento insistir, perguntando porque cantas
entre os pinheiros semeados de azul,
diz-lhe que as aves afinam já os gorjeios desde 
o início dos tempos, esperando o sino da minha voz. 
 
E que a erva renasce na cama da alegria, entre as  
maduras espigas fertilizando mais o pão de cada dia. 
Diz-lhe.  

Manuela Barroso
 


sábado, 23 de outubro de 2021

Nada sei

 




Nada sei dos contornos da terra. 
Nada sei das brisas que me levam nas suas asas. 
Nada sei dos sonhos que, semeados neste 
inconsciente, me levam à terra de ninguém. 
 
Sei que me acompanham os voos de todas as aves 
no encanto supremo de estar aqui. 
Sei que sou a água e a flor que despertam momentos
longínquos e me debruço como elas em cada peitoril
que adorna cada corpo, cada casa. 
Sei que tu és o Eu aí e sou a cidade à espera de ti. 
 
Não sei de onde venho, esqueci o caminho 
mas sinto que a porta se vai abrindo devagarinho.

 

Manuela Barroso

 

 

 

 

 


terça-feira, 12 de outubro de 2021

Donde nascem

 



Donde nascem esses olhos rosa
tatuados de música? De que penhascos
são feitos os instrumentos que atravessam
os desfiladeiros desafiando os voos
 
dessas notas musicais numa sinfonia azul?
De que matéria é feito o som que se 
transporta tão suavemente para esse
abismo donde não quero sair?
 
Junta todas as notas musicais  
na pauta da alma para que toque
a orquestra que os ouvidos se neguem  
esquecer. Que seja perene o arrebatamento
 
que emprenha a alma com esse canto
em uníssono e que fique escrito no teu rosto
os hieróglifos suspensos na sombra da tua
voz segredando baixinho as sombras  no
 
espelho do teu caminho. É que se soltam
notas veladas tão calmamente do peito
e num monólogo tão intenso, que os crisântemos
são o leito onde serenamente me quero silenciar,
deitando-me nas ondas, e nesta sonolência, repousar

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Será Feito

 


  

Será feito de fogo
o meu primeiro beijo da manhã.
 
Quero penas de orvalho
que esvaziem voos em fósforos de nevoeiro.
 
Que cintilem os reflexos da tarde
nos filtros do sol
em agonias de giesta.
 
Tu,
serás a alegria do amplexo
dormindo na penumbra
com tanto ardor
que 
roubar os matizes da tua paisagem
nesta secreta viagem
é roubar a cor da tinta
com que faço em mim
a tua imagem.  

 

Manuela Barroso