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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sons...


As estrelas iam caindo como madrugadas nos teus olhos
que eram agora a planície onde passeava os meus segredos.
Abracei a árvore nos teus braços e deixei-me dançar
ao som da tua música liquefeita na espuma das tuas palavras
que escorregam desejos e beijos semeados de ternura.
O silêncio ouvia a tua voz e roubava a quietude das horas em fios
que teciam os meus dias que perpetuo em mim.
Em devaneios, passeio os ventos da imaginação
tão distante de si mesma nesta rua
tão estranhamente nua,
que abraço a solidão!

                                     Manuela Barroso
                                           
                                                                                                                                           

16 comentários:

Leninha Brandão disse...

Manu querida,que imagem linda!!!

As estrelas iam caindo como madrugadas nos teus olhos
que eram agora a planície onde passeava os meus segredos

E a madrugada escorre por teus dedos,voa por sobre os mares e aterrissa em minha alma,trazendo uma ternura antiga e repleta de sonhos.

Bjsssss,
Leninha

Fases disse...

As suas palavras nos levam a pensar em um "por que não?!" em nossas vidas... espero que continue a iluminar a todos com este seu dom de fazer as pessoas terem um segundo olhar sobre a vida.

mfc disse...

Ter as estrelas como companhia é um desejo de solidão que por vezes também me assalta!

Luna Sanchez disse...

Ah, Manu, tu faz mágica com as palavras e assim rouba todas as minhas...Fico sem ter o que dizer.

"As estrelas iam caindo como madrugadas nos teus olhos..."

Que boniteza!

Adorei, como sempre.

Sou tua fã.

Beijos, querida minha.

Irene Alves disse...

A imagem e o texto estão em profunda
harmonia.Gostei muito.
Bom fim de semana.
Bj/Irene

Emília Pinto disse...

Nos olhos passeiam tantos segredos...são o espelho da alma...dizem mais que palavras; estas às vezes enganam, mas os olhos, não! É escusado pedir-lhes segredo...eles não o guardarão. As palavras...soam às vezes como música deliciosa que nos acalantam a alma, outras porém causam ruidos estrondosos que até ferem. E o silêncio? Como pode ser barulhento...ensurdecedor...
Gosto do silênco...adoro a palavra...gosto do olhar... olho no olho...sempre com verdade!
Os teus " Sons" estão magníficos; são melodiosos...acalmam.
Um beijinho e um bom fim de semana
Emília

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Como sempre as tuas palavras gritam a alma.
Quantas vezes nos encontramos connosco e sem nós...num ser e não estar.

Deixo um beijinho com carinho e admiração.

Rosa

Helena Chiarello disse...

Tuas palavras sempre tocam o coração pelo lado de dentro, Manu...
Elas são permeadas por uma melancolia suave, uma "trsietza bonita", se é que isso é possível... E a sensação é de que as palavras ficam fazendo eco na emoção...
Lindo isso!
Um beijo gigante, amiga querida!

(e perdoe as ausências... ainda tá difícil ficar no pc.. rss...)

Ibrahim disse...

Imaginei, hoje, nos jardins do palácio, enquanto a acção decorria, qual seria o som de uma folha a cair. A Cair? Cair é algo abrupto, não a folha não caía, planava! sim, planava! Planava num vai e vem na ausência do vento, como se de um baloiço se tratasse, um baloiço que em cada vai e vem aumentasse a sua corda e ...pensei então que a folha deveria fazer o mesmo som de uma criança num baloiço. Deve ser uma gargalhada! Um yupii, um som de êxtase de quem aprende a sentir, daquelas que as crianças fazem enquanto o vento lhes corre na face.. e então ouvi! e enquanto a folha cai, vai vem cai, cai vem e vai cai, assim até ao chão... que belo foi assistir à gargalhada.

Nuno Sá

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Lindo!
Virei com mais tempo para olhar estas maravilhas...
Agora está tudo ok!

Leninha Brandão disse...

Bom Dia,querida Manu!!!

Teus sons me seduzem e atraem e volto magnetizada pelo poder de tuas palavras.

Mais flores para perfumar o teu dia.
Bjsssssss,
Leninha

Fernando Santos (Chana) disse...

Espectacular....
Cumprimentos

Liz - Como as Cerejas da Minha Janela... disse...

Manuela, parece que o próprio google ou blogger resolveu tudo pois não aparecem mais os avisos em nenhum blog. Que bom! sabia que ia dar tudo certo!

Lindíssimo poema ... que amor divino... talvez, um amor já tão distante... mas, um amor...

Adorei! escreves como ninguém...
beijos com carinho...

Eliana f.v. - Li Andorinha - disse...

Manuela minha querida...em "Sons..." a poesia se propaga iluminada por tua rica inspiração! Suave e intensa borda com estrelas...sensações em devaneios...E eu agradeço pelo lindo passeio que fiz por aqui
Grata também pelo carinho que deixou no meu jardim...

beijinhos todos com carinho
da Eliana

Pérola disse...

Os sons que se pressentem no silêncio das palavras, na imaginação que vive em cada suspiro.

Um beijinho

Beatriz Bragança disse...

Querida Manelinha
Um belo hino à solidão apesar da presença do Outro!
Quanta imaginação para sempre celebrares a Natureza circundante! Tão lindo!
Um beijinho
Beatriz