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terça-feira, 27 de julho de 2010

O calor e a Cidade


O verão continua, ainda bem!
Mas como vamos entender os seus caprichos? Ora amua  atirando-nos contra as folhas em dias ventosos, ora marca a sua presença esturricando-nos como torresmos...
E as gentes vão calcorreando o chão, vergadas com o peso do sol...
Mas nem todos pisam este chão tão pachorrentamente! Parece que a cidade se enche de tristes!Rostos macilentos, peles sulcadas pelos anos, braços desnudados que nos falam de tempo, sem ter sequer um gesto de delicadeza ...Mas o calor obriga a "escrever"a idade quando obriga a descobrir o corpo!
...E também há passos rasgados e firmes ,ombros e pernas esguias rostos morenos, confiantes, enfeitados com óculos de sol de "griffe"  cruzando-se com os carimbados pelo tempo!
E a cidade cheira a vazio, a nostalgia, a indiferença!
É então que me lembro das cachoeiras do Minho!
Memórias...

4 comentários:

mfc disse...

O calor... as memórias... e uma frase soberba:"...o calor obriga a "escrever"a idade quando obriga a descobrir o corpo!"

manuela barroso disse...

Oh, e não é verdade?
Convém ser subtil...!

mfc disse...

É importante, mas não é determinante.

Beatriz Bragança disse...

Minha querida
Memórias...de locais, no Minho ou no Douro,em que,quando nos cruzamos com alguém,temos o hábito de nos cumprimentarmos!
Mesmo que esse alguém não seja nosso conhecido!
Quanta diferença em relação à cidade!
Aqui,(na cidade) não há tanto calor humano!
Um belo texto que me fez divagar!
Obrigada.
Parabéns.
Beijinhos
Beatriz