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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Faz-se longe

  



Faz-se longe nos atoalhados de andorinhas
rumando ao sul entardecido.


Que te perturba no bico alado das tuas penas
em constantes recomeços de flores azuis?
 

Quando voltardes trazei moradas tardias.
Quero anoitecer meus braços na chilreada dos poentes
para que a aurora seja  nova revoada de alegria.


Manuela Barroso

Pintura E. Efremova



Com um abraço para todos/todas
 

 

 

 

10 comentários:

Toninho disse...

Uma linda pintura para ilustrar este belo poema no recolhimento das andorinhas no fim de mais um dia. Deixe-se levar pelos piados no encantamento do voo aos ninhos.
Muito bela inspiração e construção Manuela.
Bjs e paz na feliz semana de outubro amiga.

chica disse...

Que bom te ver após um tempinho! Linda poesia e pintura! Gostei! beijos, feliz OUTUBRO! chica

Graça Pires disse...

E as andorinhas hão-de sempre inventar a primavera porque tu esperas por ela para adormeceres teus braços na chilreada encantatória que te devolverá a alegria que desejas e que as andorinhas conhecem. Uma pintura belíssima a ilustrar as tuas palavras onde irrompe um espontâneo júbilo. Tão belo minha querida amiga.
Tudo de bom.
Sente o meu abraço.

Majo Dutra disse...

Andam despedindo-se...
Ensinando às novas as difíceis rotas ancestrais...
São frágeis só aparentemente, na verdade, são um símbolo de resiliência.
Belo poema, Manuela.
Abraços
~~~~~~~~~~

Juvenal Nunes disse...

Esses voos têm um ir e voltar e o regresso contém o que diz: uma renovada esperança de vida.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes

Fá menor disse...

Lindíssimo!
Que haja sempre "chilreadas dos poentes" e "revoadas de alegria".
Beijinhos.

Isa Sá disse...

Bonito poema! Boa semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda

Isa Sá disse...

Bonito poema. Boa semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda

Jaime Portela disse...

E certo é que elas voltam para os mesmos locais de onde partiram.
Excelente poema, gostei de ler.
Boa semana querida amiga Manuela.
Um abraço.

Maria Rodrigues disse...

Que todas as auroras sejam novas revoadas de alegria.
Um poema sublime!
Beijinhos