Deste mudo cais donde embarco
solto o silêncio das amarras que me prendem
aos grilhões
dos porões de navios naufragados.
Só consinto
as tatuagens das margens no ventre das mãos
ausentes de flores orvalhadas.
Desço
ao coração das águas
e mergulho no bálsamo verde do baile dos limos
numa graciosa contradança.
Troco
os meus olhares
com a quietude dos peixes e vagueio numa ondulação
combinada com o arrepio mastigado das águas
que morrem na indiferença das horas.
Nem o feitiço da luz em relâmpagos no seio das
águas lisas
me acordam deste flutuar harmonioso e sereno
numa fusão clandestina entre o profano e o sagrado.
O meu caminho abre-se
nas clareiras profundas e brancas das areias
em janelas de rostos cristalinos
onde procuro repousar este destino.
...
-Esplendoroso, maravilhoso, brilhante poema. Deliciei o meu ego a lê-lo.
ResponderEliminar.
Feliz fim-de-semana
.
*** . Beijando a tua mão ( Poetizando e Encantando ) ***
Quando pensas em repousar o destino mergulha nas profundezas do lirismo e arrebata-nos para mais uma empolgante poesia minha querida comadre
ResponderEliminarBeijos e um feliz domingo
Viajar é uma aventura, como a vida... Que corra bem, é o que desejo, entremeada de poesias inspiradas!
ResponderEliminarBjo
Bom domingo
De uma beleza ímpar!
ResponderEliminarBom domingo!
"Desço ao coração das águas
ResponderEliminare mergulho no bálsamo verde do baile dos limos
numa graciosa contradança."
Tão belo, Manuela, o teu poema! Li e reli, tal a densidade lírica das palavras que usas…
Uma boa semana.
Um beijo.
Me sentir a mergulhar no teu poema. Nos faz ir profundo em sentimentos. Belíssimo!
ResponderEliminarSentes e propagas a magia que te pertence. O teu universo poético é arrebatador, e a cada leitura surge um novo brilho.
ResponderEliminarBeijos, amiga.
Um mar de talento e pura inspiração!...
ResponderEliminarMagistral poema, Manuela! Para mergulhar nele... e relê-lo... apreciando o encanto da sua profundidade!...
Beijinhos! Continuação de uma óptima semana!
Ana
verdadeiro fascínio, Manuela, teu universo poético.
ResponderEliminaressa dança (conta-dança que seja) no coração das águas é sublime!
gostei. muito mesmo.
beijo, minha amiga
Como eu gosto de divagar, através da magia e encanto dos seus maravilhosos poemas.
ResponderEliminarUm poema sublime!
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Depois de ouvirmos o constante " choro da terra ", ou melhor, quando estamos atentos e o percebemos, finalmente paramos para nele reflectir e ver que ainda iriamos a tempo de lhe secar as lágrimas se a isso estivessemos dispostos, mas, sinceramente...não tenho grandes esperanças. Do " cais donde todos os dias embarcamos para o começo do novo dia, vemos que tudo é silêncio, todos apressados saindo do barco, todos mudos, mas, principalmente todos surdos aos variados sons que os rodeiam, sejam eles de gargalhadas, de choro, de relampagos que , de repente, iluminem os céus. Nada os faz parar até que de novo o barco os pegue para novamente fazerem o caminho de regresso: e assim anda o barco, partindo e chegando, sem que se troquem olhares, sem que se admirem os peixes que, " indiferentes às horas, ", descem e sobem ao " coração das águas, sem que se procure caminhar suavemente sobre as areias brancas, enfim....sem que se abram novos caminhos, onde, pelo menos olhares se cruzem e sorrisos se distribuam. Como sempre , palavras lindissimas que deste cais partem , sempre com a certeza de que ninguém ficará " mudo " perante elas. Pelo menos um , Muito obrigada, tenho que te dizer, Manuela. Desejo tudo de bom a ti e aos teus e deixo-te um abraco carregadinho de amizade
ResponderEliminarEmilia
ResponderEliminarOlá, Manuela
Gosto do quadro que me é trazido através da contradança -
ritmo e graciosidade. Vagar e serenidade.
Beijinhos
Olinda
Manuela passei para desejar um excelente Domingo e agradecer o ter comemorado comigo o aniversário da minha filha.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Uma bela viagem
ResponderEliminarno pulmão das marés
Bj
Um poema que é toda a vida, Manuela.
ResponderEliminarUma viagem
do mudo cais
aos rostos cristalinos
tudo é caminho
tudo é destino
Beijo.