A luz coa a acidez
das sombras no fogo das resinas,
definhando os nervos da terra que geme no refúgio das grutas
onde cantam os morcegos na felicidade das teias em cortinas.
Ninguém escutará a voz
encostada aos olhos das nascentes;
só o rosto do granito erguido
no moinho solitário, dormente.
Amanhece.
Uma chuva de sol
se espalha em delírio no orvalho incandescente da ladeira
e cobre o solo tecendo arabescos na poeira.
O pólen desce do campanário.
Mergulhando no chão,
outras flores virão,
fazendo dele um santuário.
Manuela Barroso
definhando os nervos da terra que geme no refúgio das grutas
onde cantam os morcegos na felicidade das teias em cortinas.
Ninguém escutará a voz
encostada aos olhos das nascentes;
só o rosto do granito erguido
no moinho solitário, dormente.
Amanhece.
Uma chuva de sol
se espalha em delírio no orvalho incandescente da ladeira
e cobre o solo tecendo arabescos na poeira.
O pólen desce do campanário.
Mergulhando no chão,
outras flores virão,
fazendo dele um santuário.
Uma chuva de sol
ResponderEliminarse espalha em delírio no orvalho incandescente da ladeira
e cobre o solo tecendo arabescos na poeira.
Belíssimo, querida amiga Manuela!
O contraste do orvalho com o sol, tudo perfeito no efeito místico floridamente esperado.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
Ouço o nervo da terra a gemer no refúgio das grutas e ouço a tua voz tão rente a cada nascente e sinto o delírio da chuva de sol a espalhar-se no orvalho. Tomo cada palavra tua como se fosse minha para edificar contigo o santuário da Natureza. Tão belo, o teu poema! Tão bela a árvore que usaste como imagem!
ResponderEliminarTudo de bom para ti, minha querida Amiga Manuela.
Um beijo.
Tua grandiosa inspiração nos fornece leituras sublimes.Adorei...
ResponderEliminarA última estrofe um show! beijos, tudo de bom,chica
É Verão e sua poesia vem carregada desta preocupação com a mãe terra.
ResponderEliminarO nervo da Terra, o crepitar das folhagens numa linda poesia no olhar a natureza em seus movimentos entre as estações.
Belíssimo trabalho Manuela.
Beijo e que a semana seja leve aos olhos.
Boa noite Manuela,
ResponderEliminarUm poema sublime em que a preocupação pela natureza está bem presente.
Mas, a luz, essa continua a brilhar e a coar todas as sombras.
Um beijinho.
Ailime
Quanta beleza neste teu poema Manuela!
ResponderEliminarTem a suavidade da brisa e a força telúrica
da majestosa árvore que associas ao poema.
Não me canso de o ler...tão belo!
Um abraço grande!
vais à raiz das palavras, Manuela
ResponderEliminarpor isso a tua poesia me sedux
beijo, minha amiga
Este teu poema tem uma chuva de sol
ResponderEliminarque não molha mas tem a luz que torna cintilante o teu poema!
Muito, muito belo Manuela!
Um beijo para ti.
A foto é fantástica e o poema magnífico!
ResponderEliminarTambém sinto que uma árvore abriga um santuário
apenas percebido por Poetas.
Foi um prazer admirar o seu estilo e inspiração.
Agradeço os votos de boas férias que me desejou em julho
e convido-o a colaborar na minha celebração da Amizade.
Beijinhos, amiga Manuela.
~~~~~
poema solar-. cravejado de imagens poeticas que encantadoras
ResponderEliminarbeijos
O Verão tem tanto de belo, quanto de desafiador... que os nossos mantos verdes se consigam preservar de um dos mais quentes e secos Verões de sempre! A salvo dos caprichos da natureza, que de momento, canalizou as chuvas para outras paragens... mas sobretudo dos caprichos humanos, com a irresponsabilidade e inconsciência que lhes é associada nesta altura, quando tantos incêndios não são, reconhecidamente, de origem natural...
ResponderEliminarUm beijinho grande! Votos de um bom domingo e um óptimo Agosto!
Saúde, para si e todos os seus... e boas férias, se for o caso!
Ana
Minha querida amiga ... Voltando com muitas saudades. Depois de tantos anos sinto que estou regressando a CASA. Estou abrindo a porta à amizade linda que construímos aqui . Deixo o meu carinho e um beijinho.
ResponderEliminarTodas as manifestações da natureza são dependentes da luz.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes