Ainda cogito no esconderijo desta hibernação.
O som da flauta acorda o meu torpor.
Os galhos já se desprendem bebés em
folhas tenras
e inocentes, dos ventos e beijos
ardentes
da canícula do
sol, num doce espreguiçar.
Os aromas contaminam a pele
e arrepiam todos os sentidos.
Ainda breves flores despontam do
musgo
e os girinos passeiam por entre os
limos flutuantes.
Que me banhem todas as estrelas na
noite que se aproxima.
Que me dispa de tédio as línguas de
sol
porque necessito de gritar
que a alegria é o mastro dos meus
dias.
Que me beije a chuva, muita chuva.
Quero navegar nos lagos largos da
abundância
onde a vida se incendeia.
Hoje quero ser a rã que se espreguiça
livre
por entre as flores orvalhadas da
manhã,
colhendo campestres inocências.
Já não tenho tempo para perder,
nem paciência.
Manuela Barroso, "Luminescências"-2019
Muito lindo Manuela, viajar pela natureza,
ResponderEliminarem cada elemento encantar com um sentimento.
Poesia de rara beleza e profunda sensibilidade.
Banho-me nas aguas de suas poesias no lago azul.
Linda semana leve e alegre amiga.
Beijo.
E viva Portugal livre.
Lindos teus versos e não temos ,de verdade, muito tempo e nem paciência! ADOREI! beijos, ótimo dia e semana,chica
ResponderEliminarA Natureza descrita de forma tão expressiva por quem sabe maravilhar-se com ela. " necessito de gritar que a alegria é o mastro dos meus dias". Grita, Manuela. Eu grito contigo. Quero a alegria como mastro dos meus dias também. E quero ser a rã que se espreguiça livre. O resto que nos importa?
ResponderEliminarMuita saúde.
Um grande beijo.
Que belo grito de alegria, Manuela.
ResponderEliminarJá chega de nos escondermos, vamos aproveitar o que a natureza tão sabiamente nos oferece, o resto, são pormenores.
Parabéns e obrigada por este momento de puro prazer.
Um beijinho, continuação de feliz semana
Junto-me a ti nos quereres que despontam nas palavras do poema e me afagam abundantemente, como chuva nesse meu outono.
ResponderEliminarQue delicado cogitar que a natureza te banhe com aromas estrelas e a inocência das flores.
Lindo, Manuela
_ beijinhos, miguinha
Boa tarde Manuela,
ResponderEliminarUm poema maravilhoso que exalta a força da natureza em todo o seu esplendor!
A chuva, como bálsamo, ajuda à explosão das cores e aromas!
Um beijinho e saúde.
Ailime
muito bonitos bjs feliz fim de semana saude
ResponderEliminarAzul?, tem certeza? Mas minha
ResponderEliminarmãe me dizia que era branco e
que as asas também eram brancas.
Mas se você vem e me diz que não
são, quem sou eu para contrariá-la.
Beijos e beijos, muitos.
Manuela
ResponderEliminarUm feliz dia das mães amiga e as todas mães de sua vida.
Um bom domingo de feliz semana.
Beijo e paz no coração.
Boa noite Manuela!
ResponderEliminarQuanta saudade minha querida,
Versos lindíssimos tão bem construído.
Quanta sensibilidade , adorei por demais.
Um beijo e um punhadão de sorriso pra você.
Um ótimo mês de Maio!
Feliz Dia das mães pra ti!
Não é inerente ao homem hibernar, mas a pandemia a isso nos obriga.
ResponderEliminarPara além disso o poema é um hino à alegria do renascer, que a natureza nos mostra e o ser humano terá de assumir.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Que o nosso tempo não seja perdido, mas sim seja utilizado com sabedoria, afim de tirarmos dele, o melhor da vida.
ResponderEliminarUm poema sublime
Beijinhos
A paciência também é coisa que me falha...
ResponderEliminarHaja alegria, que nunca será perda de tempo.
Beijinhos.
A Natureza desperta em nós, simultâneamente, quanto damos e quanto recebemos. O que nos rodeia é parte da nossa edificação.
ResponderEliminarMagia de Poema. Parabéns, Manuela.
Beijo
SOL da Esteva
Pura maravilha, este poético despertar!
ResponderEliminarÉ tudo tão efémero e tudo passa tão rápido... temos que aproveitar ao máximo tudo o que a vida ainda nos tem a oferecer de bom!...
Um inspirador momento poético, com uma deliciosa mensagem plena de optimismo e gosto pela vida! Adorei, Manuela!
Um beijinho! Desejando um excelente domingo!...
Ana
Tu e a natureza numa intimidade perfeita.
ResponderEliminarEncontras sempre um chamamento novo, um mote poético.
Beijos, minha querida Manuela.
Olá, querida amiga Manuela!
ResponderEliminarJá havia comentado aqui
Hoje li o novo poema e não entrou meu comentário também.
Tem me acontecido muito com outros blogs também.
Estou como a rã:
por entre as flores orvalhadas da manhã,
colhendo campestres inocências.
Muito boa sua contemplação da natureza que nos restaura.
Tenha uma nova semana abençoada!
Imagem ilustrativa tão linda!
Beijinhos carinhosos e fraternos