O tempo vai correndo mansamente! Ora se passeia por entre os labirintos da nossa mente,perdendo-se na imensidão do nosso cérebro, ora fica entediado pela monotonia e parte a galope atrás do corropio desta vida , qual buraco negro onde se escondem o tédio ou a vertigem...
E nesta sensibilidade temporal, o nosso estado de alma procura adaptar-se a esta dualidade...
...E pensamos no tempo como uma existência objectiva, que nos condiciona com o tic-tac do relógio , escravizando-nos! E somos os "robots" que começam a fugir do próprio tempo!
Tempo...Aqui...Agora...
E depois?!
Os olhos ficam pregados ao Infinito tentando aquietar a alma faminta numa constante convulsão
linguística : Como? Porquê?Quem sou? O que sou?...E depois?
E a voz do silêncio eleva-se no segredo do peito, os olhos lêem o silêncio da alma...e é no silêncio que encontro o caminho que me leva à paz,à quietude,à serenidade...porque mais além estará algo inatingível que fará parte de mim e por isso me completa!
Porque somos parte do Infinito!
Terna Manuela,
ResponderEliminardiz "... e é no silêncio que encontro o caminho que me leva à paz,à quietude,à serenidade..."
talvez porque, no silêncio,
"Ele está no meu mais íntimo, e é
aquele que desperta o meu ser com os seus
toques profundos e escondidos.
Ele é quem põe o seu encanto em
meus olhos e alegremente pulsa as cordas
do meu coração em cadências variadas de
prazer e pesar.
Ele é quem tece a tela dessa ilusão em
vaporosos matizes de ouro e prata, azul e
verde, deixando aparecer entre as dobras
os seus pés, em contacto com os quais eu
esqueço a mim mesmo.
Passam-se dias, os anos se esvaem, e é
sempre ele quem move o meu coração com
mil nomes e disfarces, em muitos êxtases de
alegria e tristeza."
(Tagore, Rabindranath - Gitanjali)
Até sempre,
Que a paz esteja connosco,
das Neves, I.
Querida Isabel,
ResponderEliminarÉ extraordinariamente belo o texto que reproduz numa simbiose perfeita de calma e sensações sinestésicas :Ele é ao mesmo tempo cor, música,paz, poesia!
Quem assim se traduz, é um poeta, um ser iluminado.Eu só sei pintar um estado de alma num misto de incapacidade e impotência!
Porque se o "silêncio é a voz de Deus",pobre de mim, como me atrevo defenir essa voz?
Lindo!Obrigada por me dar oportunidade de conhecer este escritor-poeta!
Um abraço
Paz, sempre!
M.Barroso
Querida Manu
ResponderEliminarDizem os publicitários que « O tempo é o que dele fazemos».
Ele avança, inexorável e só temos de viver muito bem cada minuto, como se fosse o último.
Fácil, não é? De dizer, sei eu bem. Porque,na realidade, após ummmmm Teeempo,quanta interrogação se nos coloca?!
Uma coisa é certa: não devemos parar a actividade do nosso cérebro. Há tanta coisa que a inteligência humana não consegue explicar! Mas há sempre um bom livro que poderá AJUDAR-NOS.
E todo aquele que se esforçou para entender, para conseguir prosseguir, relembrará, em cada pedaço do seu caminho, um tempo de luta e um sabor de conquista.
Obrigada por nos permitires reflectir.
Muitos parabéns pelo teu texto.Tens uma alma tão rica!
Beijinhos
Beatriz