Queridos amigos, a minha ausência deveu-se e deve-se ainda a problemas de saúde.
Volto com as saudades de uma andorinha mas com a sombra triste do fumo que nos cobre de dor.
Enquanto o clamor das sirenes e o atordoar das bombas investem
incendiando os céus,
tentas aquietar o pensamento no redemoinho dos devaneios
imparáveis
que se fazem no peito
amordaçado.
Os teus remansos são agora os relâmpagos cravados na
memória cansada
de tantas imagens coladas em incessantes tatuagens numa
dolorosa impiedade.
As gentes são hoje migalhas de nada jogadas no pó da
terra
num vazio sem dor.
Rosas jogadas no deserto na vertigem do estertor da
Terra.
A execrável carnificina humana ramifica-se em garras de
fumo negro
num injustificado sadismo bélico fratricida
onde as imagens de crianças sem nome são a mais dura faca
que atravessa o coração dos mais fortes.
Até quando, meu Deus, até quando?
Manuela Barroso
Boa tarde de paz, querida amiga Manuela!
ResponderEliminarEstamos todos com problemas de saúde e não é para menos. O mundo anda tão probatório que abala nossa saúde de um modo em geral.
Até quando?
Uma pergunta pertinente ante à maldade humana.
Tenha dias com saúde e paz!
Beijinhos com carinho fraterno
Olá Manuela tens estado doente?
ResponderEliminarO que escreveste no Blog deixou-me preocupado.
Diz alguma coisa Um abraço
Pergunto contigo minha Amiga, até quando? Não tem fim tanto sofrimento tantas mortes, tantas crianças inocentes a serem as vítimas principais desta estúpida guerra. Dói. Dói muito. Já não se aguenta ver as imagens que em directo nos mostram na TV. O teu poema é muito oportuno e a imagem é arrepiante. Que haja paz e sossego para esta nossa inquietação e principalmente para quem tem a guerra presa ao corpo.
ResponderEliminarTudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
Manuela, tudo o que estamos vendo nos entristece, as mortes, as crianças inocentes passando por tudo isso, as guerras ...
ResponderEliminarQue teus problemas de saúde te deixem e possas voltar sem dores de todos os tipos!
beijos praianos, chica
ResponderEliminarOlá, Manuela
Pergunta pertinente que nos assombra a todos.
Nestes dias de dor, de sofrimento para os mais
fracos, as crianças, quem não tem a quem recorrer,
tecemos palavras e enviamo-las às grandes
instâncias que dominam o mundo com o pedido
de que parem e repensem, o que vai ser de
todos nós quando já estiver tudo destruído...
O seu texto traz-nos estes momentos de reflexão
e de compaixão por todos quantos sofrem...
Beijinhos
Olinda
Um poema profundo e sentido, que nos toca a alma, tal como os horrores das guerras nos tocam e ferem o coração.
ResponderEliminarManuela, as sua rápidas melhoras.
Beijinhos
Perguntar sobre Guerra é já um motivo. Os Homens pretendem-se seres superiores quando em posições mandantes. Não vamos desculpar a decisão, mas podemos condenar a acção.
ResponderEliminarEdificante seria que nos tornássemos irmãos que se querem bem. Talvez um dia...
Reflexão, precisa-se!
Parabéns pelo Poema de intervenção.
Beijo
SOL da Esteva
Manuela, vi no blogue da Rosélia que é aniversariante e por isso hoje passo especialmente, para lhe desejar um Feliz Aniversário 🌺 🎈🎁🎉, os meus sinceros votos de tudo de bom.
ResponderEliminarBeijinhos
Faço exactamente a mesma pergunta, Manuela! Até quando? Ando doente, com estas realidades que somos forçados a assistir... mas é sempre bom ficarmos elucidados, até que ponto a humanidade, ou a desumanidade, nem sei bem já, é capaz de ir, para impor as suas condições a outros...
ResponderEliminarUm poema que não poderia reflectir melhor estes atribulados tempos... de uma guerra sem fim à vista, desde tempos bíblicos... mas agora com um avassalador número de mártires inocentes, neste volte-face de há uns meses para cá, de ambos os lados... o que torna tudo mais triste e descabido! Não sei como se pensa que numa guerra há vencedores... para mim, é um sempre a perder, e de ambos os lados...
Estimo que se encontre bem melhor dos seus problemas de saúde, Manuela, e que em breve possamos tê-la mais presente neste seu inspirador cantinho! Eu ando menos presente... pois a cada ano que passa, a saúde da minha mãe, vai-me exigindo mais tempo e cuidados... para que tudo continue relativamente bem, com ela...
Já me apercebi que falhei o seu aniversário, pelo comentário da Maria... pelo que com grande atraso, apesar de tudo, quero desejar-lhe muitos parabéns, com muita saúde, projectos e alegrias, em mais um novo ciclo...
Um beijinho grande! Votos de continuação de uma boa recuperação e muitas felicidades! Tudo de bom!
Ana