domingo, 17 de janeiro de 2021

Morre-me...


Morre-me cada dia uma flor.
Não sei se a embale nos braços para voltar a adormecer
Ou se a cristalize na alma para não morrer.
Tomo-a na sua delicadeza de vidro
e atravessa-me a fragilidade do corpo que já foi dia.
Só silhuetas apagadas na contraluz.
Tudo anoitece nesta onda aquática
como penumbras à procura de outra  claridade.


Manuela Barroso

 





16 comentários:

  1. Quando morre uma flor há-de nascer outra nas mãos nunca vazias de poetas como tu. Mãos que procuram a luz por dentro da penumbra ou da treva e se tornam sensivelmente luminosas.
    Magnífico poema. Lindíssima fotografia.
    Cuida-te bem, minha Amiga Manuela.
    Uma boa semana.
    Um beijo enorme.

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  2. Muito linda,apesar de tristes versos. Tuas inspirações sempre maravilhosas! beijos, tuuuuuuuudo de bom,chica

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  3. Um poema forte, profundo querida Manuela.
    Mas vejo esta tal claridade, que assanha a alegria,
    de ver e ter a flor do dia, da vida.
    Uma semana abençoada amiga.
    Beijo e cuide-se ainda mais.

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  4. Infelizmente quantas penumbras giram hoje à nossa volta.
    Maravilhoso poema.
    Beijinhos

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  5. é triste mas logo nasce outra bravo lindo bjs saude

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  6. Um poema muito belo.
    Abraço, saúde e boa semana

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  7. Frágeis flores! Frágil corpo! Imensa luz nas mãos de quem sabe transmitir emoções em versos. Maravilha, Manuela! Bjs.

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  8. Sim , a cada dia morremos um pouquinho.
    e ,nossos atos cristalizam-se em memórias .Ou não.
    Delicadas ,como flores.
    beijinho, Manuela

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  9. Belas palavras!

    As flores importantes para nós deixam-nos lembranças imortais. Guardemo-las juntinho ao coração e não morrerão jamais.

    Bom-fim-de-semana!

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  10. Oi amore
    Voltando aqui para dizer que seu comentário deve ter sido desfeito e só aparece seu nome e um pontinho .E, o interessante que acontece nos dois blog's visitados, ok?
    Importante é saber que estivestes ali e isso alegra o coraçao.
    Nosso tempo nem sempre nos faz ir a todos os amigos que gostamos muito, mas saiba qu sempre a tenho presente, comigo.
    grande abraço, Manuela

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  11. Bom dia Manuela,
    Um poema muito belo.
    Estamos ávidos que se faça luz nesta vida tão agreste.
    Beijinhos e um ótimo dia com saúde.
    Ailime

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  12. Palavras que dizem muito da tristeza que atravessa os dias e cristaliza as penas.
    Não deixes que nas tuas mãos morram os poemas. E que tua luz se erga!

    Beijos, minha querida amiga Manuela.

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  13. Versos tristes regados de muito sentido e sentimentos
    aflorados.
    Obrigada pela visita e tenhas uma boa entrada de mês de fevereiro.

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  14. Olá, querida amiga Manuela!
    O verso inicial é de uma beleza Inusitada.
    Em mim, uma flor por dia anda morrendo também, novas nascerão,se Deus quiser!
    Fique bem, amiga!
    Beijinhos

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  15. Mais um poema incrível, revelador de grande beleza e sensibilidade...
    Andamos todos nesta onda aquática... à procura da próxima claridade...
    Beijinhos
    Ana

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