Josef Sudek
Com
as janelas do teu rosto que atravessa a ponte
dos
dias, acordas flores e insectos nas suas metamorfoses.
Jamais entenderás os segredos do sangue que viaja
na pele coberta de tempo. Nem os beijos das abelhas
arrancam murmúrios das pálpebras onde passeiam.
O silêncio cobre de contemplação estes olhos coloridos
que se abandonam no céu e as palavras fecham-se no
mutismo contemplativo eternizando a perfeição geométrica
da Criação.
Não falam. Gritam no colorido arrepiante das cores.
Ateiam fogo sagrado nos olhos dos insetos sem um
gesto, apenas balouçando-se com a brisa que leva
consigo a chuva de pólen. É este bailado, a comunicação
que se ouve numa imagem inquietante de alegria, uma
labareda doce na planície da vida.
Onde se esconde o mistério que o rosto procura?
Em cada corpo de erva no calor telúrico que arranca a convulsão
de beleza que dorme nas raízes de cada manhã .
E os olhos fulminam de ansiedade no desalento da ausência
de palavras, presas na retina do pensamento. Soltam-se.
E num voo veloz pelo firmamento, planam este atlântico de
cores escrevendo nas asas este momento.
Jamais entenderás os segredos do sangue que viaja
na pele coberta de tempo. Nem os beijos das abelhas
arrancam murmúrios das pálpebras onde passeiam.
O silêncio cobre de contemplação estes olhos coloridos
que se abandonam no céu e as palavras fecham-se no
mutismo contemplativo eternizando a perfeição geométrica
da Criação.
Não falam. Gritam no colorido arrepiante das cores.
Ateiam fogo sagrado nos olhos dos insetos sem um
gesto, apenas balouçando-se com a brisa que leva
consigo a chuva de pólen. É este bailado, a comunicação
que se ouve numa imagem inquietante de alegria, uma
labareda doce na planície da vida.
Onde se esconde o mistério que o rosto procura?
Em cada corpo de erva no calor telúrico que arranca a convulsão
de beleza que dorme nas raízes de cada manhã .
E os olhos fulminam de ansiedade no desalento da ausência
de palavras, presas na retina do pensamento. Soltam-se.
E num voo veloz pelo firmamento, planam este atlântico de
cores escrevendo nas asas este momento.
Manuela Barroso, 2014
Bom dia Manuela,
ResponderEliminarAs palavras soltam-se e o poema nasce em toda a sua pujança.
Tão bela a sua poesia!
Adorei!
Um beijinho e bom domingo.
Ailime
como se diz as janelas da vida adorei bjs bd saude
ResponderEliminarSoltem os pássaros
ResponderEliminarA perfeição geométrica da criação. O colorido arrepiante das cores.
ResponderEliminarA imagem inquietante da alegria. Esta alegria que pressinto tão desejada por ti, minha Amiga Manuela, neste maravilhoso e inspirador poema.
Cuida-te bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
Penso que nada do que eu aqui consiga escrever estará à altura deste poema. Palavras de vida, repletas de poder e plenas de magia…
ResponderEliminarUm beijo e bom início de semana
As palavras soltaram-se e num bailado de elegância e cor, formaram um belíssimo poema.
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana
Belíssimo encadeamento das palavras que foram soltas.
ResponderEliminarQue nos voem sempre as asas ao encontro sublime da contemplação.
Boa semana!
Um beijinho.
Olá minha querida amiga Manuela!
ResponderEliminarSoltem - se os sorrisos!
Você deu asas à imaginação!
Continuação de uma semana abençoada!
Um beijinho de luz!
Megy Maia🌺💜🌺
Fiquei sem palavras.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Já passei por aqui, encantando-me com seu poema. Volto para relê-lo. Assim são os versos que nos tocam, por sua beleza e profundidade. Suas palavras nunca são acorrentadas, eis que vivas. Parabéns! Bjs.
ResponderEliminarFico sem palavras depois de ler 3 vezes este poema.
ResponderEliminarMas digo apenas uma: brilhante.
Continuação de boa semana, querida amiga Manuela.
Beijo.
porque as palavras podem abrir margens para muitas possibilidades de intenções e interpretações! um abraço.
ResponderEliminarE os olhos fulminam de ansiedade no desalento da ausência...
ResponderEliminarOlá, querida amiga Manuela!
Visitando o que perdi na ausência.
Janelas são expansão do nosso coração e modo de ser.
Tanto a aprender com novas contemplações também.
Fique bem, amiga!
Beijinhos
Como brisa suave, acaricias cada sentimento que a natureza, no esplendor de cada detalhe, te oferece.
ResponderEliminarE eu fui tentando apreciar o teu voo de borboleta. São magníficas as tuas cores.
Beijos, minha querida amiga Manuela.
Sublime... belo... e profundo!
ResponderEliminarMaravilhei-me com esta janela... que nos permitiu respirar poesia...
Também eu... fiquei sem palavras... perante este fascinante universo... de emoções e suas cores...
Um beijinho!
Ana