Agora recordo os meus passeios campestres, quando tal me era permitido.
O sol inundava a erva fresca dos vales, a água corria mansa e fresca nos regatos junto aos valados.E eu adorava saltar a corrente para apanhar morangos silvestres! Apanhava uma espiga de centeio e espetava os morangos vermelhos e pequeninos naquela palha!
Mas às vezes acontecia o inesperado: de repente, a uma velocidade estonteante, emergia da folhagem verde um passarinho! Ah! aqui há ninho! E procurava, procurava...em vão! Quando encontrava, admirava a arquitectura fantástica, aliada a uma delicadeza indescritível, o ninho pequenino, fofo,acolhedor que me enternecia tanto!E dizia baixinho: Não mexas!Tem "pedrinhas". Pode desconfiar!
Adoro os pássaros: os seus rituais, a sua plumagem macia com as mais variadas cores!Ainda hoje os considero um pouco misteriosos...
...e regressava com os morangos e um ramo de flores campestres!
Saudade ou recordação?