quarta-feira, 23 de abril de 2025

Fragilidades

 Queridos Amigos e Amigas, tal como esta imagem, assim o meu percurso. Daí a minha ausência sem ser programada. Mas não desistindo, aqui estarei sempre que puder. Abraço.




Na mansidão salgada das algas,
a vida pulsante das marés.
Água onde nadam os átomos
a fragilidade de tanto que és.

Mil ondas, mil anos, mil sóis,
velocidades mil, mil tamanhos
de que é feita a vida
e todo o seu encanto.

Aqui,
o grão na infinita grandeza do Espaço.
No deserto inóspito,
quebranto e areia.
Ânsia.
Inteligência de partículas em cadeia
na imensidão da distância.


Manuela Barroso, "Luminescências", 2019

7 comentários:

  1. Linda poesia e imagem,Manuela! E desejo de coração que tudo esteja bem por aí e que possas nos brinc=dar com muitas lindas inspirações! beijos, chica

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  2. Olá, querida amiga Manuela!
    A ternura que flui do seu poema é linda.
    Venha quando puder e nos enriqueça com sua sábia poesia e carinho fraterno costumeiro.
    A imagem ilustrativa é preciosa e me agrada muitíssimo.
    Tenha dias de Oitava de Páscoa abençoados!
    Beijinhos festivos

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  3. Fragilidade. Quebranto e areia. Ânsia de serenidade e silêncio.
    A complexidade da vida fatiga-nos os dias. Deixa-nos, ainda que secretamente, ávidos tudo o que o corpo e a alma reclamam.
    Quero que te sintas bem, minha querida Amiga.
    Sente o meu abraço.
    A fotografia é muito bela.

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  4. Boa noite, amiga Manuela.
    Poema muito bonito. Onde as fragilidades da nossa essência enquanto seres humanos, são poeticamente aqui expostas, com encanto e beleza.
    Gostei bastante.
    Muito obrigado, pela visita e gentil comentário.

    Beijinhos, e bom fim de semana!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  5. Manuela, suas palavras mergulham na vastidão do universo com uma beleza poética impressionante. Você nos leva a contemplar as infinitas camadas da vida, desde a fragilidade das algas que respiram as marés, até o mistério das partículas que dançam na imensidão do espaço. Há uma certa meditação sobre o tempo e a existência, entrelaçada com a eternidade dos oceanos e a efemeridade das nossas pequenas vidas.

    A imagem do "grão na infinita grandeza do Espaço" é uma metáfora poderosa, trazendo à tona nossa pequenez diante da vastidão do cosmos, mas também a maravilha de nossa participação nesse imenso fluxo de vida. Ao mesmo tempo, você destaca a dualidade da existência humana: a ânsia e o quebranto do deserto, a luta e a busca por significado no meio de tanta distância e incerteza.

    É uma poesia que nos convida a refletir sobre nossa conexão com o todo e a beleza que reside nas minúcias do mundo, no simples ato de existir. Um trabalho belo, profundo e cativante.

    Abraços de cura!
    Dan
    https://gagopoetico.blogspot.com/2025/04/entre-o-canto-e-calma.html

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  6. "[...] Mil ondas, mil anos, mil sóis,
    velocidades mil, mil tamanhos [...]
    de que é feita a vida
    e todo o seu encanto.[...]"

    Excelente Poema do que não podemos esquecer.
    Me encanta o teu Poetar!
    Parabéns, M Barroso.



    Beijo,
    SOL da Esteva

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  7. E eu sempre te esperarei, amiga
    Aqui, `também na infinita grandeza ` e feliz pelas suas ` luminescèncias . Beijinhos, querida.

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