segunda-feira, 1 de julho de 2024

Vieste

 


Vieste dentre os filhos das nuvens.
No colapso da luz
transgrediste o sinal que jazia
inerte
no crepúsculo das águas.

E fez-se noite.

No labirinto da aurora
renasciam as flores noturnas.
No compasso do orvalho,
as gotas caindo,
lavavam olhos que aos poucos
se iam abrindo.

De novo o crepúsculo.

Mas hoje, vestido de branco
e  sorrindo.

Manuela Barroso



7 comentários:

  1. Boa tarde de Paz, querida amiga Manuela!
    O que vem "vestido de branco
    e sorrindo" só pode ser do bem e da paz...
    Lindissimo!
    A segunda estrofe é muito perfumada e bela.
    Tenha um julho abençoado!
    Beijinhos

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  2. No colapso da luz. No labirinto da aurora. No novo crepúsculo. Versos que me conduzem ao teu imaginário e que guardo como se fosse meu. Tão belo, minha Amiga Manuela!
    Tudo de bom.
    Um beijo.

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  3. Quisera eu ter engenho e arte para comentar este poema como merece.
    Abraço e saúde

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  4. Minha querida Manuela. Saudades de vir beber a esta fonte, donde saio sempre mais rica. Adorei como sempre ler-te. Deixo um beijinho e prometendo voltar sempre.

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  5. Olá, querida Manuela

    Poema belíssimo que nos leva até às nuvens.
    Adoro a forma como dispõe as palavras e nos
    transmite todo o sentimento de pertença.

    Continuação de boa semana, minha amiga.
    Beijinhos
    Olinda

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  6. Também temos tido neblinas noturnas...
    Metáforas especialmente belas e mágicas...
    É uma coroação jubilosa da natureza!
    (Tenho uma breve homenagem ao Fausto)
    Beijinhos, estimada Manuela
    ~~~~~~

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  7. A transgressão de sinais por vezes não conduz a uma multa, mas antes ao renascimento de flores noturnas...
    Excelente poema, gostei muito.
    Boa semana minha amiga Manuela.
    Beijo.

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