quarta-feira, 19 de junho de 2024

Quando

 


monet




Quando todas as flores despertarem, amado,  
leva-me no pólen e na cor das suas asas.
O sol que me abriga sufoca o meu desejo de renascer.
 
Quero a placidez da penumbra no abrigo dos lírios.
Em uníssono e num cântico cósmico,
faço parte da dança de Shiva,
confluindo na corrente harmónica do Tudo.
 
As margens do rio
abraçam a calma deste lago semeado de nenúfares,
costurando reflexos de paz.
 
É aqui que eu sou o átomo flutuante,
esperando o cais do repouso.


Manuela Barroso


Devido a factores de vária índole se deve a minha ausência.
 Virei na medida do possivel. Obrigada, AMIGOS/as 


10 comentários:

  1. Boa tarde de Paz, querida amiga Manuela!
    "Costurando reflexos de paz."
    Que lindo!
    É preciso haver um coração puro e sereno para que tal aconteça em nos e no universo inteiro.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. Manuela. que bom que mesmo ainda não podendo aqui estar. vieste trazer uma linda poesia das tuas! Adorei!
    Fica bem! beijos, te esperamos! chica

    ResponderEliminar
  3. Olá querida comadre
    Os teus poemas abraçam-nos com a sua beleza e singularidade
    E deixaram em mim o reflexo da paz
    Um beijo com imenso carinho

    ResponderEliminar
  4. Fique em Paz Manuela que nós te amamos e esperamos, pois sabemos o quão é lindo receber suas partilhas inspiradoras.
    Fique bem e com paz no coração.
    Bjs

    ResponderEliminar
  5. Muito bonito o que escreveste Manuela.
    Quando as coisas são muito belas, nós sempre nos surpreendemos perante a nossa pequenez. Fica-nos nos olhos o desejo de ali permanecer, ainda que seja na insignificância de um átomo flutuante...

    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  6. Enquanto fazes pausa eu estou voltando !
    e certa de que voltarás, em breve.
    Seus poemas inconfundíveis é um nosso prazer le-los também por aqui.
    deixo abraços, kirida Manuela

    ResponderEliminar
  7. Um cântico cósmico é todo este teu poema. E integras-te nele porque amas a Natureza e a paz. És "átomo flutuante, esperando o cais do repouso" para te deixares maravilhar por tudo o que te cerca. Belíssimo poema! Maravilhoso Monet!
    Cuida-te e sente o meu abraço.

    ResponderEliminar
  8. Realmente, um poema maravilhoso e tocante...
    Deixei-lhe uma mensagem no blog 'Encontro de Amigos'...
    Beijinhos
    ~~~~~~~

    ResponderEliminar
  9. A vida não se compadece e fustiga-nos com agruras, pelo que todos merecemos esse cais de repouso.
    Abraço de amizade.
    Juvenal Nunes

    ResponderEliminar