Longe, o mundo corre e a miséria
humana expande-se.
O sossego é interrompido pelos estropiados
e pelos
famintos de tecto e de pão. Na impotência de dar
a
mão aos tresmalhados, caímos na exaustão a caminho
de um abismo de que desconhecemos os contornos.
vez mais misterioso. Permanece uma sensação estranha
de
voltarmos às origens. Bastar-nos-ia água e um berço,
mesmo de pedra, onde um calor mais completo matasse
esta
fome de paz com cantos de pássaros e o redemoinho das
águas.
espera-me na curva da estrada!
A vida pesa-me e antes que pare, quero matar a sede
dessa água que te rodeia. Não quero mais nada.
Manuela Barroso
Boa tarde de paz, querida amiga Manuela!
ResponderEliminarÉ impressionante o índice de miséria que nos ronda!
Cada dia tropeçamos mais em andarilhos em calçadas haja frio ou sol.
Uma tristeza em meio à pressa atual da humanidade desregulada.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno
Esta fome de paz, minha querida Amiga. Parece que já não há nada que nos sacie. Este poema tão inquietante questiona-nos e faz-nos sentir culpados de quase nada podermos fazer.
ResponderEliminarEu vou esperar por ti na curva da estrada e como Amigas que somos mataremos a sede da água que nos rodeia. E seremos a fonte, a nascente, o rio para que as lágrimas nos pacifiquem.
Tudo de bom.
Um beijo enorme.
Às vezes baixa esta espécie de niilismo queria Manuela, os valores conturbados, a falta de empatia nos vigiando em cada esquina, onde um moribundo esmola pelo pão.
ResponderEliminarOnde perdemos nossa paz, onde ficou aquele sentimento que pregam pela sagrada escritura. Voltamos à estaca zero, precisando de renovação, recriação.
O mundo não encentrou uma saída e vamos alimentar a esperança.
Belo e profundo poema de altíssima sensibilidade humana.
Bjs e paz amiga e feliz fim de semana.
Muito belo... e triste. Um retratar de realidades presentes ao nosso redor, da impotência que tanto sentimos; da negligência, má vontade ou até má fé de quem quer e pode e manda ordenar o mundo em tons de morte.
ResponderEliminarBeijinhos, amiga. Um bom Dezembro na paz do Deus Menino!
Fome de paz... nesta realidade que nos destabiliza!
ResponderEliminarNão me poderia identificar mais com as suas poéticas palavras, Manuela! No entanto, no outro seu espaço, atribui-lhes um significado ligeiramente diferente... só agora me dei conta da parte final, pertencer a este poema, mais sentido, profundo... e infelizmente descrevendo uma realidade que parece florescer em tantos pontos do mundo em simultâneo... entre as guerras mediáticas... e as que já ganharam um cariz de norma, em determinadas regiões do mundo, já não constituindo sequer notícia...
No entanto, o longe... tem-se aproximado da nossa realidade a olhos vistos, com impactos globais... o mundo está a atravessar uma fase absolutamente incompreensível, perturbadora, e com padrões de vida a desmoronarem-se, que não julgaríamos possível... por todo o lado, os sem abrigo crescem exponencialmente... vindos de uma multiplicidade de realidades diferentes!
Quero crer que esta fase de loucura global refreie... talvez quando as cotações em bolsa de alguns negócios proeminentes, sentirem uma queda abrupta na procura de bens e serviços... infelizmente para muitos, a sensibilidade do mundo, continua a ser sentida por entre o lucro ou o prejuízo...
Um beijinho grande! Bom fim de semana!
Ana
ResponderEliminarQuerida Manuela
Quedei-me aqui nas voltas destes versos,
onde a sua humanidade é tão patente.
Desgraçados daqueles que sofrem sem encontrar
maneira de fugir da guerra e da prepotência
de quem manda no mundo.
Na curva da estrada todos nós sem saber o que
fazer. A sede de Paz é imensa. E não sabemos
como alcançá-la...
Boa saúde, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Caríssima, esse longe de seus versos pode ser muito perto de todos nós. Cordial abraço. CSamma
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