domingo, 21 de março de 2021

Como te ouço

 

 António B. Coelho


E como eu te ouço nas cordas longínquas
das violetas caladas.
Irrompem dos diques da memória,
as recordações que não tenho de ti.
Sinto a saudade esvaindo no céu das madrugadas
mergulhando no belo indizível
das auroras boreais.
 
Como elas, a impermanência deste olhar
que se esfuma com o tempo  em insónias fatais.


Manuela Barroso
 


19 comentários:

  1. Soam vozes através dos tempos em murmúrios à alma... quantas vezes sonhos, ou quimeras.

    Beijinhos e boa semana!

    ResponderEliminar
  2. Sinto a saudade esvaindo no céu das madrugadas
    ...
    que se esfuma com o tempo em insónias fatais.

    Olá, querida amiga Manuela!
    Acho incrível os poetas captaram palavras que definem tão perfeitamente o que alguns sentem.
    Tão perfeito este ouvir!
    Que sejamos ouvidas da mesma forma como sabemos ouvir.
    Esteja bem, amiga, proteja-se!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

    ResponderEliminar
  3. Tão linda, aplausos daqui pra ti! beijos, ótima semana! TE CUIDA! chica

    ResponderEliminar
  4. As violetas caladas. Os diques da memória. A impermanência do olhar. Palavras que constroem o imaginário deste poema lindíssimo. Palavras que tão bem sabes ligar à tua e à nossa pele.
    Cuida-te minha Amiga.
    Um grande beijo.

    ResponderEliminar
  5. A saudade a tocar a alma da poetisa e o coração do leitor.
    Um poema sublime
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  6. Mergulhar no belo indizível, tocar no incontido.
    Só e somente só os nobres poetas podem e o fazem.
    E nós famintos de coisas belas e não findas, recebemos
    e nos alimentamos deste poetizar.
    Lindo demais Manuela.
    Minha admiração e aplausos.
    Beijo amiga.
    Cuide-se bem.

    ResponderEliminar
  7. Manuela

    As insónias trazem memórias
    e trazem sonhos esquecidos
    mágoas e saudades
    o pior são os pesadelos.

    belissimo o teu poema.

    beijinhos
    :)

    ResponderEliminar
  8. Magnífico poema.
    Gostei imenso, como sempre.
    Bom fim de semana, querida amiga Manuela.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  9. Celebra-se a poesia na intensidade das emoções.
    E a nostalgia é um rio que lhe corre dentro.

    Gostei imenso, querida Manuela.

    Tem um bom fim de semana!

    Beijos e saúde!

    ResponderEliminar
  10. Nāo adianta, Manuela, o passado está sempre presente nas saudades que sentimos dele, dos momentos bos, dos menos bons e, principalmente das pessoas que dele fizeram parte e que, por um motivo ou outro, já não estão presentes fisicamente; estão connosco a cada instante, pelo " significado que deram à nossa vida" e nas recordações que deles temos. Há cerca de uma hora partiu um amigo meu de infância que lutava há anos com uma doença maligna que hoje o levou; já sentia saudades dele desde que a pandemia chegou, pois era perigoso que nos encontrassemos e agora vai sem o nosso abraço; ficará para sempre em nossos corações, pela bondade, pela simpatia, pelo tanto que nos deu em Amizade, daquelas enormes, sinceras. Querida Amiga, há muito que não vinha cá, mas toda esta situação desanima, deixa-nos tristes. Espero que estejam todos bem de SAÚDE, pois, sem ela, a vida não tem graça. Um abraço carregadinho de amizade
    Emilia

    ResponderEliminar
  11. Adorei o seu cantinho gosto de poemas de ler fazer não sei mas aprecio um bjo😘

    ResponderEliminar
  12. Sim, nada permanece igual e as insônias essas são precisas se não fatais.
    Uma arquiteta das palavras, que sempre surpreende com um poema mais lindo que outro. Obrigada pela inspiração compartilhada.
    Te admiro por essa poeta linda que és!
    Parabéns, amiga

    ResponderEliminar
  13. Boa tarde Manuela,
    Um poema belíssimo de memórias vivas!
    Um beijinho e continuação de boa semana, com saúde.
    Ailime

    ResponderEliminar
  14. Há uma torrente de emoções neste lindíssimo poema que irrompem dos diques da memória, como um sussurro longínquo que se esvai no céu das madrugadas...

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  15. As memórias e a saudade são combinações certas para insónias.
    Colocar tudo isto em poesia, não é para todos.

    Muito belo, parabéns!

    Um beijinho, Manuela

    ResponderEliminar
  16. A memória e a nostalgia... por aqui... poeticamente... e impecavelmente delineadas!...
    Mais uma publicação maravilhosa, Manuela! Parabéns! Beijinhos
    Ana

    ResponderEliminar