Desejaste um campo de poemas
na flor da noite.
Acompanham-te sombras de
ardósias
e açúcares de lua.
No abismo do sono, colhes
rosas negras
na alegria da noite
e na sonolência dos astros
dormes
o abandono do teu corpo.
Descobres um veleiro em
viagens submersas
e rumas ao sul de todas as
poeiras
para encontrares o poema
da vida
mesmo nas correntes mais adversas.
Manuela Barroso, "Luminescências"