Escondes no
teu silêncio
o frio da
escuridão que se
dispersa
numa aragem erguida
nos braços
da incerteza.
Trazes a
chama da saudade
escrita nos
olhos da lua
e unes a
Terra e o Mar
numa Fusão
eterna de Mistério
escondendo-se
na espuma do tempo.
És o espelho
da Solidão,
a única
música que se ouve
na
profundidade da tua memória
e onde eu
queria divagar.
Entrego-te a
harpa deste
Silêncio que
guardo como
um sonho que
dorme,
inacabado, cansado
em meu peito.
Abandono-me na tua carícia serena
onde a Paz é
o Sono que me acorda.
És a fonte
que gorgoleja,
a sombra que
refresca o verão quente
das minhas
tardes.
E na
floresta das tuas sombras,
vibram as
imagens do passado,
escritas na
saudade errante
que vagueia
dentro de mim.
Manuela
Barroso, in “Inquietudes”- Edium Editores 2012
Maravilhoso.
ResponderEliminarUm "navegar" por tamanho poema!
Bj
A noite. A noite tão inspiradora. Tão perto da alma dos poetas. A noite que nos acolhe como se fosse a sombra de um pássaro...
ResponderEliminarBelíssimo, o teu poema, Manuela!
Uma boa semana.
Um beijo.
~~~
ResponderEliminarVerdadeiramente belíssimo!
Uma saudade magistral e artisticamente
descrita em metáforas sublimes.
Grata pela agradabilíssima leitura.
~~~ Beijo ~~~
E a noite chega no fim de um dia que nem sempre conseguimos pintar com as cores desejadas; há sempre " inquietudes " que o escureceram e quando termina e o " silêncio " se instala lá fora, uma nostalgia, uma melancolia se apodera da nossa alma; abandonamo-nos a ele na esperança de uma " carícia serena ", mas...não é serena, é inquieta, machucando o peito que se aperta ; são perguntas, dúvidas, saudades, preocupações infundadas, mas que insistem em permanecer; abençoada, sei, tem sido a vida, mas o que se " esconde na profundidade " deste meu ser parece " mistério"e como tal, tenho de deixar de procurar entender; olho o sol, olho a lua, no silêncio ou no bulicio do dia procuro as respostas , mas não as encontro e porquê? Talvez não haja respostas para uma alma assim, uma alma que só questiona, que anseia sem saber o quê, que vive em paz com o passado, realizada nos importantes sonhos que teve, grata por todos os que ainda tem. E então, o que falta? O que perturba? O que inquieta? Mistério grande nesta minha alma, uma alma que nem eu mesma entendo. Como sempre, Manuela, às tuas maravilhosas palavras, sabiamente escritas, misturei as minhas que são desabafos simples de uma alma complexa, ansiosa, inquieta onde a melancolia se instala sem pedir licença. Também não a pedi a este Anjo Azul, mas ele, como anjo e de um azul sereno entende e desculpa a intromissão nesta " floresta " de palavras sempre acolhedora. Um beijinho, querida amiga e que a serenidade esteja presente nas tuas noites permitindo que o sono chegue reparador, como convém. Até sempre!
ResponderEliminarEmilia
Belas as metáforas de corpo inteiro
ResponderEliminarBj
Uma solidão e noite... que por vezes sentimos ter... ou a querer instalar-se dentro de nós... brilhantemente expressa, nas suas inspiradas palavras, Manuela!
ResponderEliminarMais um belíssimo momento poético... para apreciar e reapreciar!...
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
Vejo essa noite no Poema escrito.
ResponderEliminarEra de prata, a luz que a ilumina.
Cintilam as palavras que o destina
A ser, nas sombras, um doce proscrito.
Parabéns, Manuela.
Beijo
SOL
A saudade... uma inevitabilidade latina...
ResponderEliminarExcelente poema, gostei imenso.
Bom fim de semana, querida amiga Manuela.
Beijo.
Prezada amiga Manoela,
ResponderEliminarQue belíssimo espaço
Este aqui aonde eu passo
E permaneço em singela
Alegria que me revela
Poesia no compasso
Perfeito ao singelo lasso
Do ritmo para deixá-la
Cheia de luz e amor.
Teus textos têm o esplendor
De um sol com raios de paz
E de luz com certo fulgor
Que aquece à alma ao calor
Que a poesia nos traz.
Grande abraço. Laerte.
E quando a noite chega trás muitas vezes com ela a nostalgia e as lembranças do passado.
ResponderEliminarMaravilhoso poema
Beijinhos
Maria
Prezada amiga Manoela,
ResponderEliminarQue belíssimo espaço
Este aqui aonde eu passo
E permaneço em singela
Alegria que me revela
Poesia no compasso
Perfeito ao singelo lasso
Do ritmo para deixá-la
Cheia de luz e amor.
Teus textos têm o esplendor
De um sol com raios de paz
E de luz com certo fulgor
Que aquece à alma ao calor
Que a poesia nos traz.
Grande abraço. Laerte.
é na noite que os Poetas mergulham na fonte da palavra
ResponderEliminarbelíssimo poema minha amiga
bom fim de semana.
beijinhos
:)
Boa tarde, querida Manuela,
ResponderEliminarbelíssimo poema sobre a noite,
ela que nos traz a paz do sono tranquilo, mas leva consigo
o nosso sentimento de sonhar,
deixa-nos intranquilos, como nossa solidão,
a clamar por um milagre na alma, que se encontra na solidão total.
Gostei muito. Beijos!
"Entrego-te a harpa deste
ResponderEliminarSilêncio que guardo como
um sonho que dorme,
inacabado, cansado em meu peito."
Escreves tão bem, amiga.
Passo sempre no teu precioso azul.
Beijo.
Lindas expressões poéticas os versos de sua poesia e uma bela e mágica imagem. Feliz semana
ResponderEliminarÉ sempre um prazer ler-te, querida Manuela. E a noite com seus silêncios deu-te luz própria. Consigo perceber a melodia da harpa que permeia a tua poética.
ResponderEliminarBeijinhos, amiga.
A noite, tão cantada pelos românticos, é, no teu poema, a confidente, o "espelho" do teu mais profundo eu poético. Com uma belíssima roupagem!
ResponderEliminarBj, Manuela