e tu
esperavas o sol da lua
no sorriso da água em flor
Acordaste os limos bordando rendas líquidas
na transparência da tua presença distante
E o silêncio adormecia nos cerejais da noite
à janela fresca do luar
em sabores planos e plenos de fantasia
Não ouviste o
som extenso e estridente das rãs
com tatuagens de
estrelas no leito verde do lago embriagado de salgueiros que dormem a penumbra
nos beijos das rolas.
Ouço-te no
compasso das metamorfoses
e nas asas
gelatinosas dos caracóisdescendo
o vale
das folhas
em estradas
de goma branca
vagueando pelos cabelos lisos dos pinheiros
chorando resinas de saudade
escrita na sombra enquanto a seiva dormia
E
no chão burilado de estrelas
a minha paz se estendia!
Manuela Barroso, in "Talentos Ocultos"- Ediserv, 2014
Perante tanta beleza a paz invade o coração e a alma.
ResponderEliminarMaravilhoso poema.
Beijinhos
Maria
Encanto e magia nesta soberba expressão poética e a eloquência das palavras desperta o desejo de buscar a paz no chão de estrelas. Belíssimo querida
ResponderEliminarUm forte abraço com meu carinho e ternura
Belíssimo poema amiga. Adorei.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
A magia de um poema soberbo. Deliciosamente belo. Beijinhos
ResponderEliminarCaramba Manuela, deixa-me sem palavras!!!
ResponderEliminarCompletamente boquiaberto!!!
Maravilhoso.
Um abraço
Quando se olha com a alma... vê-se... assim!...
ResponderEliminarUm trabalho absolutamente notável, Manuela!... Maravilhoso!!! Para se ler... e reler...
Beijinhos! Continuação de boa semana!
Ana
Qual o tamanho de tua preciosidade poetisa querida? Não a defino...
ResponderEliminarTens o encanto das palavras, e suavidade da natureza. Jardins que comportas com carinho pluralidades de uni(versos)com tanta transparência e poesia.
Que lindo minha Rainha.
Olá, Manuela.
ResponderEliminarSabe bem ler este poema, que me levou em "sabores plenos e planos de fantasia" como que levada num conto fantástico, ainda que com lágrimas de resina pelo caminho, que não lhe apagaram o encanto...
Lindo, Manuela.
Simplesmente poesia.
bj amg
A alma revestidos de natureza,com certeza encontra a paz.
ResponderEliminarUm abraço, Sônia.
Como na nascente do rio Quanza onde ouvi o coaxar das rãs e debrucei-me para beber agua. Sinto aqui a mesma paz.
ResponderEliminarBj
Ai os olhos, Manuela...esse espelho da alma que não engana, por mais que tentemos disfarçar com um largo sorriso ou mesmo uma estridente gargalhada. E quando esperamos que eles, " na boca da noite", no seu breu, no seu silêncio se fechem dando assim a serenidade que a nossa alma precisa, mais vivos que nunca continuam eles enxergando, perscutando o nosso intimo e perturbando o sono que se agita como que " embriegado" de "sabores amargos e vazios de fantasia, vazios de sonhos, vazios de esperança. E quem nos dera não termos olhos, nem ouvidos e muito menos uma alma que sente, uma alma incapaz de ficar indiferente aos olhos tristes e vazios que a todo o momento enfrentam o nosso olhar num pedido mudo de socorro. Mas temos olhos, temos ouvidos, temos alma....enfim...somos humanos e é nossa obrigação olhar para quem nos olha e ouvir quem connosco precisa de falar. E com estes teus " olhos" mais uma vez divaguei e refleti na necessidade de olhar, de enxergar, de, como diz o povo ." olhar com olhos de ver". Manuela, não preciso de te dizer que a tua poesia é magnifica, pois não? Basta ver a reflexão a que ela sempre me leva .Muito obrigada, amiga e aproveito para te desejar uma Páscoa feliz, com muita alegria e saúde para todos os que te cercam. Beijinhos
ResponderEliminarEmilia
Manuela hoje passo especialmente para lhe desejar uma Páscoa muito Feliz.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Bom regresso ao meu mar
ResponderEliminarBj
Manuela,
ResponderEliminaraqui, à beirinha deste poema lindo - que eu jurava já ter comentado (?)- deixo-lhe um beijo mais doce, com aroma a cacau.
Tenha uma boa Páscoa, de paz.