Casas de Xisto- Lousã |
Acende as velas da rua
o torpor silenciou a grafia do luar
Fantasmas de luzes rastejam
na insónia das pedras
no abandono húmido do pó
É o deserto que guarda agora
os segredos destas ostras
ocas de solidão.
Dormem indefesas nas micas luzidias
em corais de saudade
São as pérolas do chão.
Manuela Barroso, in “Laços- Dueto”- Editora Versbrava
Loveliness. Absolutely stunning, the picture and the poem, gorgeous Manuela.
ResponderEliminarBelíssima imagem e poema a condizer, numa simbiose perfeita.
ResponderEliminarUm abraço e bom domingo.
Infelizmente, pérolas que o tempo desfaz...
ResponderEliminarGostei muito, Manuela!
Uma boa semana :)
Olá, querida Manuela
ResponderEliminarMuito lindo o seu poetar e expressivo!!!
Parece que vc entra na imagem que fotografa... sensacional!
Bjm fraterno
Belíssimo retrato de um lugar que já foi luminoso.
ResponderEliminarMesmo conservadas, estas casas são os fantasmas das gentes que as deixaram vazias...
Bjo, Manuela :)
Pego na foto e sinto.
ResponderEliminarSinto medos doridos, estragados pelos anos
Empedernidos de enganos
Sinto um vazio cheio de sombras
Um vazio de gentes, de vidas
Sinto um vomitar de saudade
Mas nao sinto patente a memoria
Nem o bater de tamancos na calcada
Nem o gargalhar das criancas de sacoila para a escola
A alegria e rixas das tabernas
Nao foram coisas sonhadas, existiram
A foto escura transborda espiritos
Num horizonte inclinado pronto para alegrias
Sinto tal como a Arca de Noe, que acomoda coisas
Coisas raras, sementes de futuro
Espalhadas pelo mundo.
Beijinho, amiga Manuela.
Interessante poema e de uma relação maravilhosa com a linda imagem de um lugar fantástico!
ResponderEliminarbj
Pérolas que são seus poemas,Manuela
ResponderEliminarE a foto muito linda e singela, como sua inspiração ao clicar e enfeitá-la.
beijos
Solidão, recordações e saudade.
ResponderEliminarBelíssimo poema.
Beijinhos
Maria
Manela
ResponderEliminareu achava que já tinha comentado este poema, afinal já o tinha lido no face, aqui deixo o mesmo coment
:a melancolia e a saudade a ditar o poema com uma foto muito nostálgica a lembrar as aldeias e suas casas abandonadas...e quantos segredos terão as pedras?!...gostei e comovi-me "
beijo
:)
Há chão onde as pérolas persistem em ficar, apesar do tempo.
ResponderEliminarMais um excelente poema, gostei muito.
Continuação de boa semana, querida amiga Manuela.
Um abraço.
Uma simbiose perfeita e brilhante, com a imagem...
ResponderEliminarAliás... eu penso ter lido mesmo a imagem, nas suas palavras, Manuela!...
E as suas palavras... estão lá... nesta encantadora imagem...
Um post, que é uma verdadeira pérola... em encanto, sensibilidade, talento, e beleza...
Magnífico trabalho!!! Adorei!
Beijinhos
Ana
Poema perfeito, bem entrelaçado pela "crueza" da imagem.
ResponderEliminarAcendam as velas...
Precioso.
Beijos
SOL
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ResponderEliminar.
. são pérolas amadurecentes . as que sempre re.encontro aqui .
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. um beijo meu .
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ResponderEliminarLugares onde o tempo passou e deixou a sua marca, aliás,
parecem intemporais, que nasceram e assim se conservaram
naquela quietude misteriosa e densa.
Bj
Olinda