Troco os meus olhares com a quietude dos peixes
e vagueio numa ondulação combinada
com o arrepio mastigado das águas
que morrem na indiferença das horas.
com o arrepio mastigado das águas
que morrem na indiferença das horas.
Nem o feitiço da luz em relâmpagos no seio das águas lisas
me acordam deste flutuar harmonioso e sereno
numa fusão clandestina
entre o profano e o sagrado.
me acordam deste flutuar harmonioso e sereno
numa fusão clandestina
entre o profano e o sagrado.
O meu caminho abre-se
nas clareiras profundas e brancas das areias
em janelas de rostos cristalinos
onde procuro repousar este destino.
nas clareiras profundas e brancas das areias
em janelas de rostos cristalinos
onde procuro repousar este destino.
Aí,
sou a casa abandonada
no navio que perdeu o leme
e deixou a esperança da alegria
na linguagem impaciente dos mastros
sou a casa abandonada
no navio que perdeu o leme
e deixou a esperança da alegria
na linguagem impaciente dos mastros
Nem a tarde nem a noite acordam a cumplicidade silenciosa
destas solitárias ondas.
Nelas, abandono as memórias
na quietude da sombra dos juncos.
destas solitárias ondas.
Nelas, abandono as memórias
na quietude da sombra dos juncos.
Manuela Barroso, in "Antologia conVida", Barbára Editora- Blumenau, 2013
Org. Anderson Fabiano e Helena Chiarello
Org. Anderson Fabiano e Helena Chiarello
Pausa...
...na quietude da sombras dos juncos!
Desejo a todos/as Boas Férias!
Saio sempre encantada, é o que sei dizer...e basta!
ResponderEliminarBeijos, Manuela!
LINDO, INTENSAMENTE LINDO!
ResponderEliminarNão são necessárias muitas palavras para registar o que senti ao ler o teu poema... Magistral!!!!!
ResponderEliminarUma emoção profunda ao ler tão belos versos
Beijos e carinhos, querida Manuela
é um aprendizado ler suas belas inspirações com este belo uso de figuras, para tão bem externar um sentimento de uma solidão rebuscada, mas que se torna leve neste belo jogo de analogias.
ResponderEliminarAplausos amiga pela arte tão bela.
Meu terno abraço.
Os seus poemas são como o famoso teste do algodão. Nunca enganam, pois são sempre muito belos.
ResponderEliminarUm abraço e boas férias
Olá, Manuela.
ResponderEliminarQue soberba inspiração nascida da "indiferença das horas"!
"sou a casa abandonada
no navio que perdeu o leme" - bastaria este pequeno trecho, de tão grande intensidade para definir a solidão.
Lindo.
*tenha boas férias ;)
bjn amg
Gosto de trocar o meu olhar com a imensidão do mar.
ResponderEliminarMaravilhoso poema.
Boas férias.
Beijinhos
MAria
Maravilhoso cara Manuela! Adorei!
ResponderEliminarMuitos parabéns!
Uma boas férias também!
O anseio da harmonia, sempre tão presente nas suas palavras...
ResponderEliminarParabéns, Manuela!
Um beijinho :)
ResponderEliminarManuela,
Voce tem gosto apurado, delicadeza nas palavras, mesmo que com tons melancolicos.
Bjs
com uma certa melancolia e no entanto com muita serenidade.
ResponderEliminargostei!
boa semana.
beijinhos
:)
Um poema belíssimo que deixa nosso coração em profunda quietude pra sorver cada palavra.
ResponderEliminarPerfeito _ e as férias acabaram!
pode voltar, ok?
beijinhos e bons e felizes dias.
com carinho
Olá, querida Manuela
ResponderEliminarÉ um deleite passar pelos seus poemas e extasiar a alma da gente.. o espírito eleva-se...
Horas indiferentes... casa abandonada... isso é-me familiar...
Bjm fraterno
Com o tempo começamos a sentir saudades de todos amigos ,
ResponderEliminarque passaram em nossas vidas e que ainda permanece.
Estou dando uma volta num passado não muito distante
espero que goste dessa fase de recordar é viver.
Uma abençoada semana que Deus lhe abençoe sempre
e sempre.
Beijos no coração.
Evanir.
Manuela passando para deixar um abraço.
ResponderEliminarMaria
É importante " trocar os olhares ", pois a cada um a paisagem é diferente e necessitamos dessa diferença para nos conhecermos a nós mesmos. Sentimo-nos muitas vezes como uma " casa abandonada no navio que perdeu o leme ", mas fazendo uma pausa, deixando que as horas passem sem para elas olharmos, com certeza o nosso "caminho abre-se" com nova " esperança de alegria num flutuar harmonioso e sereno ". "Abandonemos as memórias " por uns tempos para que a quietude volte às nossas almas. Será certo que tudo recomeçará, as alegrias, tristezas, as dores, e as memórias também. Seremos tantas vezes mais " casas abandonadas " onde a solidão se instalará e onde por vezes o frio teimará em ficar. É assim, querida Manuela e sempre o será enquanto a vida assim o quiser. Um beijinho e espero que esta pausa te tenha trazido a harmonia e serenidade de que , não só tu, mas todos nós precisamos. Até breve e obrigada por este belo momento.
ResponderEliminarEmília
que lindo
ResponderEliminarPalavras inspiradoras e inspiradas, Manuela!
ResponderEliminarTambém é sempre junto ao mar, que eu me perco... e me reencontro...
Beijos! Continuação de óptimas férias, se for o caso... dado que só hoje deu para passar por aqui...
Ana
Não acredito que seja a "casa abandonada no navio que perdeu o leme"...
ResponderEliminarMas o poema é delicioso. Mas eu gosto sempre das suas palavras.
Manuela, tenha um bom resto de semana.
Beijinhos.
"[...]Nem a tarde nem a noite acordam a cumplicidade silenciosa[...]".
ResponderEliminarA quietude e a serenidade do mar abre caminhos que não pensávamos existissem numa tão grata melancolia.
Beijos
SOL