domingo, 12 de abril de 2015

Deste mudo




Deste mudo cais donde embarco
só o silêncio das amarras me prendem
aos grilhões dos porões de navios naufragados

Só consinto as tatuagens das margens
no ventre das mãos ausentes de flores orvalhadas

Desço ao coraçáo das águas
e mergulho no bálsamo verde
dos limos numa graciosa contradança
...


Manuela Barroso, in "antologia conVida", Bárbara Editora

10 comentários:

  1. Belíssimo poema querida Manuela e a imagem é fabulosa. Um dueto esplêndido. Amo ler-te querida
    O lirismo dos teus versos é inspirador e envolvente.
    Um ótimo domingo
    Beijos pra você amada

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  2. (^‿^)✿

    Coucou et merci chère Manuela

    Que cette publication est belle !
    MERCI BEAUCOUP

    ✿ ✿ ✿ Je t'embrasse FORT ! Bon lundi !

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  3. Linda construção na fina inspiração nestas dores que o mar testemunhou.
    Um belo trabalho Manuela.
    Há que aplaudir sua arte e ilustração.
    Feliz Pascoa amiga e feliz Primavera com belas flores nos seus caminhos.
    Carinhoso abraço de paz e luz.

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  4. Bela expressão poética; profunda como os fundos marinhos.


    Beijos


    SOL

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  5. Já dizia Mark Twain que importante é o dia que nascemos e mais ainda quando descobre-se porquê...
    Esse 'descer das águas' é possivemente uma forma das descobertas.
    Bonito,Manu

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  6. Olá, Manuela.
    E lá no coração das águas o reencontro com o próprio coração.

    bj amg

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  7. Olá cara Manuela, mais um regresso :)
    Lindo poema e dizer-lhe também que recebi e ouvi o que me enviou via email!
    Grato!
    Bj

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  8. OI MANUELA!
    UM TEXTO LINDO E UMA IMAGEM QUE O VALORIZA, LINDA TAMBÉM.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  9. Em águas revoltas, soltam-se ais poéticos...
    Belo!
    Bjo, Manuela :)

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  10. um belo poema onde também comungo quando diz "deste mundo cais" porque a vida é sempre um cais onde embarcamos e onde chegamos....

    :)

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