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Despe minha alma os farrapos da vida
Não te vale a pena chorar por ninguém
Aproveita o momento, o teu dia-a-dia
Vive o presente. É o melhor que ela tem!
Sobe, lenta, os degraus da escada
Olha o poente, vê o horizonte
Não olhes para trás, ele é feito de nada
O céu sem limite é a tua fonte
Vê esta flor que vive tão só
Mas sempre te fala com a sua beleza
Nascida do chão, do jardim ou do pó.
Acalma-te no sorriso da criança
Que cresce simples como a natureza
Para descer quando a noite avança.
Manuela Barroso, in "Inquietudes", Edium Editores-2012